A anarquia é um conceito, um método, uma teoria, uma filosofia, uma proposta política. Tudo isso e nada disso!
Definir a anarquia é um grande erro, mas seria pior deixar que qualquer definição fosse realizada, principalmente por pessoas e grupos que não tenham práticas libertárias de fato ou que sejam apenas uma encenação sem profundidade.
Anarquia é ação compartilhada, é coletiva. Não se associa ao capitalismo ou ao Estado. Como percebem, é possível entender e rascunhar uma definição provisória sobre anarquia sobre o que não é ou não seria anarquia. Podemos arriscar até escrever que anarquia é uma experiência, uma vivência que se apoia em ações coletivas e individuais estabelecidas de forma em que não tenha opressão e exploração entre as pessoas participantes e nem de quem não esteja participando. Isso considera que quem não estiver nessa vivência, que não concorda, não poderá interferir de forma opressiva e exploratória naquela experiência.
Algo que destacamos é que a anarquia se mantém em transformação permanente e isso lhe confere uma enorme flexibilidade. Uma flexibilidade com uma condição (sempre tem uma pegadinha), de que cada pessoa envolvida não será oprimida e nem será uma opressora, de que cada pessoa envolvida não será explorada e nem será uma exploradora.
Aqueles delírios rebeldes da juventude, de fazer o que quiser sem nenhuma limitação, sem consequências, é um devaneio irresponsável de liberais que querem extravasar suas castrações e frustrações, de explorar e oprimir sem ter uma moral e uma ética atrapalhando.
Lamentamos que muitas pessoas tenham entendido isso e que muitas ainda usam e associam a anarquia ao caos, a baderna. Só haverá caos e baderna justamente para aquelas pessoas e grupos que estejam alicerçados em hierarquias, dominação, exploração, opressão e não querem que essa estrutura acabe. Para todas as que estão de fora da “festa”, que somos nós, pessoas oprimidas e exploradas, nos cabe o rompimento e a formação de qualquer estrutura que tenha o combinado básico e não negociável de não explorar, não ser explorada, não oprimir, não ser oprimida. Com isso posto, a imaginação é o limite!
Um brinde e um convite à anarquia, na luta somos dignas e livres!
anarkio.net
agência de notícias anarquistas-ana
O coração da aranha
se desfaz em geometria
de seda e mandala.
Yeda Prates Bernis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!