A CNT-AIT asturiana se desvincula das “procissões festivas” do Primeiro de Maio para organizar um ato em memória daqueles que nos precederam na luta pela liberdade e pela justiça. Em 1º de maio, iremos à vala comum no cemitério civil de San Salvador, em Uviéu, para prestar homenagem aos trabalhadores (muitos deles da CNT-AIT) que foram reprimidos pelo regime de Franco entre 1936 e 1937.
Muitos dos que estão lá foram transportados vivos para o lado de fora do cemitério e mortos lá. Aqueles que não morreram por fuzilamento foram enterrados moribundos, sem um golpe de misericórdia, cobertos de cal e, muitas vezes, com membros expostos e comidos por cães e corvos. Os gritos de dor dos infelizes que ainda não haviam morrido podiam ser ouvidos por aqueles que moravam nas proximidades.
Outros haviam sido sequestrados, levados e executados em outros lugares (como no caso do companheiro Higinio Carrocera, executado na prisão de Uviéu), seus cadáveres transportados em caminhões, deixando rastros de seu sangue nas ruas de Uviéu, e levados à sepultura para encerrar episódios sombrios e muitas vezes anônimos.
Após o ato, as companheiras e os companheiros presentes irão para a área recreativa de Santianes, próxima ao local, onde teremos um almoço “de traxe”.
agência de notícias anarquistas-ana
o tempo ainda não passou
canta no galho mais alto
o sabiá-laranjeira
João Angelo Salvadori
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!