para os que clamam por direitos
No Caribe, na ilha que, um dia, foi o farol para muitos de esquerda na América Latina, assiste-se ao aumento do pauperismo no dia a dia. Uma situação similar a de localidades vizinhas, chamadas, ao longo do século XX, de “Terceiro Mundo”. Os velhacos pressupostos dos socialistas, com seus diagnósticos e projeções de futuro, foram para o bueiro, assim como muitas das experiências às quais defendiam com unhas e dentes. Isso pode ser constatado no cotidiano das pessoas que vivem na ilha. Para além da falta de alimentos, medicamentos, energia, combustível etc., companhias do setor açucareiro correm atrás de mão de obra – barata, é claro. Em mais um contexto no qual muitos ultrapassam, pelo mar, as arbitrárias fronteiras impostas pelas forças de segurança, burocratas do Estado convocam presos para trabalhar nas colheitas de açúcar. É o tal do direito ao emprego…
em direção ao bueiro
Há mais de 50 anos, os campos estavam repletos de pessoas cuja “esperança” era construir o paraíso terreno por meio da revolução. Hoje, as mesmas funções estão sendo executadas por algumas das inúmeras pessoas que, ao longo dos anos, foram encarceradas pelo Estado revolucionário, seja pela tal da “traição à pátria” ou quaisquer outras ações classificadas como criminosas. Para os que não sabem ou fingem ignorar, os revolucionários profissionais sempre gostaram de prender. Nisso, foram “eficientes”. E a “esperança”, não é novidade, também pode ir em direção ao bueiro ao lado das teorias de outrora.
algumas caricaturas
Nos próximos dias, em um país próximo e com grandes reservas de petróleo, caricaturas dos profissionais da revolução de outrora convocam o “povo” para o que chamam de um dos acontecimentos mais importantes da história da Venezuela: a eleição (sic). O caudilho de plantão, ao exercitar sua interminável retórica e seu caricato rebolado, pede mais empenho ao que restou de seu rebanho, mesclando reggaeton e homenagens a Simón Bolivar. Essa é à esquerda latino-americana do século XXI. Enquanto isso, muitos, provavelmente, buscam, como podem atravessar as fronteiras. Afinal, em situações como essa, cada um encontra os seus meios para sair das terras classificadas pelos Estados como território.
os que perderam o gps
Os progressistas funcionais ao crescimento dos reacionários se mostram preocupados diante do crescimento da ultradireita nos EUA. Após os tiros no comício Republicano, não hesitaram em se pronunciar em suas redes sociais em defesa da moderação, do repúdio à violência e da democracia. Enfim, trata-se do velhaco discurso político de sempre. Os de ultradireita, por sua vez, saíram melhor na foto, colocando-se como aqueles que travam uma batalha e colocam a vida em risco em prol do rebanho. Para os que se dedicam ao negócio da política, o importante, nesse caso, é se projetar como o melhor pastor possível. Como os candidatos a pastor do “progresso” não encontram o GPS, as ovelhas marcham em direção ao outro lado. No final das contas, não há política que prescinda da obediência dos súditos. Isso é a política.
lucratividade proibicionista
Sob a moral dos imbecis, a proibição às drogas permanece e o mercado é ampliado, cada vez mais lucrativo. Depois da heroína e do fentanil malhados, chega ao mercado livre ilegal governado pela polícia, o tribunal e a moral dos imbecis com imbecis, o opioide malhado mais-mais: NITAZENO.
Fonte: https://www.nu-sol.org/wp-content/uploads/2024/07/flecheira771.pdf
agência de notícias anarquistas-ana
a cigarra canta
enquanto orquídeas florescem:
cada um na sua
Gustavo Felicíssimo
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!