Porque entendemos que na guerra social existem momentos de luta que nos devolvem a vida livre ainda que cientes do entorno e da opressão, e que existem momentos de repressão que nos debruçam na confrontação com o inimigo nas prisões, entendemos que ambos os momentos tem uma prática imprescindível que os acompanha: a resposta cúmplice.
Porque a prática de hostilidade contra a dominação precisa reverberar para expandir a revolta e assim expandir as possibilidades da destruição do estado.
Da mesma forma, quando um companheiro é sequestrado ou se encontra ferido produto da sua atividade anárquica de inimigos da dominação, é imprescindível ecoar, expandir a solidariedade.
O companheiro Francisco Solar, tendo já passado por vários momentos tanto de luta como de repressão, é um inimigo público do estado chileno. E, ao ter assumido a responsabilidade de dois ataques de significativa magnitude, usando essa declaração como propaganda para o anarquismo, bateu mais uma vez no sistema, com uma alegria de ser o seu inimigo, com orgulho de ter atacado eles, longe da imagem submissa, arrependida que os poderosos gostam de ver em quem os desafia.
Como consequência esperada, o poder se endurece ainda mais contra ele, isolando-o mesmo dentro do isolamento já existente em todo sistema prisional.
E eis que nossas respostas precisam chegar até ele e até todos que se decidem a atacar aquilo que nos ataca dia a dia: que nenhum guerreiro esteja só, nem no ataque nem na repressão ou no isolamento.
Uma sucinta atividade informativa, com companheiros que sentem o chamado à agitação e solidariedade ácrata, e uma faixa no ingresso ao campus universitário, foram nossas respostas a esse chamado. Na atividade, compartilhamos o vídeo com o depoimento de Francisco e transmitimos nossa memória negra olho no olho afirmando nossos laços de cumplicidade antiautoritária. Já a faixa que dizia: O único diálogo possível com o poder é o ataque, Francisco Solar; foi deixada com a intenção de fincar essa ideia chave nos olhos daqueles que frequentam esses espaços, afugentando de alguma forma o caminho afunilado à democracia e a via institucional.
Contra o isolamento do companheiro Francisco Solar
Pela expansão da revolta
Expandido as respostas anárquicas aos chamados à luta e à solidariedade
Morte ao estado e Viva a Anarquia.
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