Em Budapeste, na quinta-feira, 6 de março de 2025, ocorreu a segunda audiência do julgamento contra Maja T., uma cidadã alemã antifascista extraditada ilegalmente para a Hungria como parte da operação repressiva continental lançada pelo governo Orban contra as mobilizações antifascistas que, em fevereiro de 2023, se opuseram à invasão neonazista no chamado “Dia de Honra”.
Enquanto Maja aparecia na frente do juiz brutalmente algemada, conforme mostrado pelo meio de comunicação independente The Brake, um grande grupo de neonazistas – cerca de cem deles – ocupou o tribunal intimidando amigos, parentes e simpatizantes. Dentro do tribunal, como supostas “vítimas” do ataque, alguns desses neonazistas desfilaram, como Gyorgy Budahazy, fundador da organização nazista Hunnia, condenado por terrorismo, mas posteriormente anistiado, e László Dudog, expoente das bandas de rock nazista Divízió 88 e Divine Hate, o braço de propaganda musical da filial húngara do Blood and Honour.
O julgamento foi adiado até junho e Maja provavelmente permanecerá na prisão até a nova audiência. Já na audiência preliminar, Maja havia se recusado a fazer um acordo judicial para uma sentença monstruosa, de 14 anos; de acordo com as acusações do judiciário hungaro, ela pode pegar até 24 anos.
Ao recusar o acordo judicial no final de fevereiro, Maja leu uma carta denunciando as duras condições de detenção: “Não me deixem sozinha. Meu caso não diz respeito apenas a mim, mas a todos aqueles que resistem ao fascismo e à injustiça”.
Clique aqui para ver a carta completa circulada por Maja T. e endereçada a todas as pessoas antifascistas da Europa: https://de.indymedia.org/node/496188
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