Uma prática ilegal, segundo o Convenção de Berna, que proíbe a captura e matança deliberada destas espécies
Por Nacho López Llandres | 04/02/2025
A polêmica caça de golfinhos e baleias das Ilhas Feroe ou “Grindadrap” foi objeto de críticas pelo sacrifício de aproximadamente 1.400 cetáceos ao ano, 265.000 desde que se têm registros. A primeira caçada deste ano de 2.025 aconteceu em 10 de janeiro e custou a vida de 53 exemplares de baleias piloto, incluindo filhotes e fêmeas prenhes. A matança foi documentada pela Fundação Capitão Paul Watson no marco da “Operation Bloody Fjords” (Operação Fiordes Sangrentos), iniciativa que expõe publicamente estas matanças.
A associação pelos direitos dos animais e o meio ambiente ARDE denuncia a vinculação comercial entre a indústria pesqueira espanhola e a matança de golfinhos e baleias nas Ilhas Feroe. Sete dos dez principais supermercados na Espanha vendem produtos de bacalhau procedentes do arquipélago Feroês.
Os pescadores são os encarregados de informar quando há um avistamento de manadas de cetáceos e os perseguem com suas embarcações para levá-los às praias, onde ocorre a matança. A Fundação Paul Watson exige dos supermercados espanhóis o fim das relações comerciais com as Ilhas Feroe enquanto estas matanças aconteçam.
O Grindadrap ou Grind, como se costuma chamar, é um método de caça criado pelos vikins faz mais de 1.000 anos e que os feroeses conservaram como parte de sua cultura.
Esta arcaica tradição consiste em conduzir grupos inteiros de pequenos cetáceos (principalmente baleias piloto, que pertencem à família dos golfinhos, e golfinhos de flancos brancos do Atlântico) até a orla, onde enfrentam uma morte dolorosa.
A prática, ainda que defendida por alguns habitantes como parte de sua herança cultural, tem provocado reações adversas, tanto a nível local como internacional.
A indústria pesqueira participa ativamente no Grindadrap. Quando os barcos pesqueiros avistam qualquer das seis espécies de cetáceos autorizados para caçar, e se as circunstâncias marítimas são propícias, os feroeses saem com suas barcas carregadas de pedras, ganchos, facas e cordas. As embarcações giram em forma de semicírculo e jogam pedras, criando paredes de bolhas que o sistema de eco localização dos golfinhos percebe como uma parede; o objetivo é guiar os cetáceos para a praia e encalhá-los.
Os que não conseguem empurrar são levados à força através da inserção em seu espiráculo de um gancho que se encontra atado a uma corda, desde a qual os estabelecimentos situados na costa atiram. Depois, pescadores e outros habitantes feroeses entram na água com varas metálicas com uma ponta de lança e seccionam a medula espinhal entre as vértebras cervicais do animal. Utilizando facas, atravessam os feixes vasculares, nervos e musculatura dos cetáceos, ocasionando-lhes uma abundante perda de sangue.
Esta matança infringe a legislação europeia sobre os cetáceos. É uma prática ilegal segundo o Convenção de Berna, que proíbe a captura e matança deliberada destas espécies, assim como sua comercialização.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
folhas escuras
tremem na brisa
à contra-lua
Rogério Martins
parabens
Parabéns pela análise e coerência.
Olá Fernando Vaz, tudo bem com você? Aqui é o Marcolino Jeremias, um dos organizadores da Biblioteca Carlo Aldegheri, no…
Boa tarde, meu nome é Fernando Vaz, moro na cidade de Praia Grande. Há mais de 4 anos descobri que…
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