Por La Zarzamora
Este 15 de março Marcelo Villarroel preso subversivo antiautoritário cumpriu 17 anos na prisão efetiva, após ser condenado no ano de 2014 a 14 anos por dois assaltos bancários, condenação que se cumpriu em 16 de dezembro de 2023, no entanto o Estado o mantêm ainda no sequestro carcerário.
Com múltiplas atividades e ações de solidariedade diversos grupos de afinidade se solidarizaram com a atual situação que enfrenta o companheiro, que deveria já estar na rua faz 1 ano e 3 meses, não obstante o aparato jurídico do Poder ignora sua própria legalidade, fazendo caso omisso ao cumprimento destas condenações e impondo-lhe sentenças emitidas pela isenta e nefasta promotoria militar, que segundo o poder já não está ativa, mas que segue sendo utilizada para manter Marcelo no confinamento.
UMA BREVE PASSAGEM POR SUA HISTÓRIA
Marcelo Villarroel companheiro que aos 13 anos parte em seu caminho no Movimento Juvenil Lautaro orgânico com o qual posteriormente rompe 10 anos depois, adentrando nas perspectivas autônomas não hierarquizadas e ideias anárquicas. Desde muito jovem vive o encarceramento graças a sua ativa participação no combate urbano contra a ditadura e a pós-ditadura.
Na prisão faz parte do Kolectivo Kamina Libre, um coletivo anticarcerário que aprofunda os questionamentos sobre a horizontalidade, o cárcere ativo, a compreensão de estar inserido na sociedade carcerária mais além dos muros das prisões, o consumo de animais, entre outras reflexões, tudo acompanhado de publicações caracterizadas por suas gráficas, compostas por desenhos dos mesmos companheiros prisioneiros.
A etapa atual de encarceramento se inicia após o assalto ao Banco Security onde morre o paco [polícia] Moyano, o qual gera uma perseguição midiática, política e judicial contra um grupo de companheiros que tinham um longo histórico de combate. Esta campanha persecutória culmina com a detenção de Marcelo Villarroel e outros companheiros do outro lado da cordilheira em 15 de março de 2008.
Em 16 de dezembro de 2009 Marcelo foi expulso da Argentina depois de 21 meses de confinamento passando por diferentes unidades de detenção da província de Neuquén, ficando assim a disposição da jurisdição $hilena. Desde então permaneceu na prisão, mas sempre ativo fazendo parte do exterior mediante seus escritos, palavras, gráficas, e música, entre outros, que acompanham atividades, experiências e também fatos e despedidas que marcaram os últimos anos da ofensiva anárquica.
A NECESSIDADE IMPERANTE
A manutenção destas condenações emitidas pela nefasta justiça militar é uma aberração que não se sustenta nem sequer sob os mesmos parâmetros legais da justiça burguesa, pelo que a equipe jurídica do companheiro se mantêm ferreamente no esforço de conseguir a anulação destas.
Sob o atual contexto de agudização do confinamento e o isolamento carcerário, a situação do companheiro se torna urgente e primordial na luta contra a sociedade carcerária, e sua saída à rua, uma prioridade nesta.
OS GESTOS SOLIDÁRIOS
Como forma de se solidarizar com o companheiro diversos grupos afins realizaram atividades informativas sobre sua situação. A Red Solidaria Antikarcelaria «Marcelo Villarroel a la kalle» (★RSAMVALK) fez uma nova declaração de apoio, junto a um conjunto de cartazes grandes e panfletos como parte da agitação e propaganda necessária neste contexto. Além de Santiago o Espaço recuperado La Kopa (comuna de La Granja) realizou uma jornada pela anulação das condenações da promotoria militar, na qual houve intervenções teatrais, música ao vivo e uma mesa redonda sobre a situação legal de Marcelo. Também contou com a transmissão ao vivo da jornada por parte da Rádio Última Frecuencia, amplificada simultaneamente por Axolote rádio (Mx), Rádio Lafkenche de San Antonio e Rádio La Zarzamora.
Desde as redes de apoio de Buenos Aires, Argentina e desde a Península Ibérica, enviaram saudações em solidariedade com a situação do companheiro.
De igual maneira no Tattoo Circus de Torino, Itália, se realizou a apresentação de Kamina Libre, Livro no marco da campanha internacionalista pela anulação das condenações da justiça militar, e igualmente desde diversos territórios se realizaram gráficas, gestos solidários e se desenvolverão outras atividades durante as próximas semanas no marco da campanha indispensável por sua saída da prisão.
«Fazemos um chamado a manter a solidariedade ativa com Marcelo, companheiro que não claudicou e que apesar das múltiplas adversidades próprias da sociedade carcerária, continua sendo um aporte concreto à luta antiautoritária, mantendo uma sintonia explícita com a rua, jamais em silêncio e aquilo se deve destacar.» ★RSAMVALK
É vital enunciar o relevante deste ano na resolução jurídica da situação do companheiro e desde aí a importância de redobrar os gestos e atos tendentes a difundir, agitar, aportar e propagar, estendendo sua luta como parte de uma luta coletiva antiautoritária que mantêm viva a memória de resistência pela destruição total da sociedade carcerária, mais além de meras bandeiras, através de uma história ativa que não morre.
É o momento de romper os muros da indiferença, articulando iniciativas constantes para conseguir o objetivo de tirar o companheiro da prisão, arrebatá-lo do Estado e sua institucionalidade social fascista, que ainda legitima a nefasta justiça militar de Pinochet, 35 anos depois de supostamente ter acabado a Ditadura.
Pela saída à rua agora do companheiro Marcelo Villarroel!!
A estender a Solidariedade Ativa!!
Força companheiro, o cárcere não pode ser eterno!
Fonte: lazarzamora.cl
Tradução > Sol de Abril
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