[Espanha] 1º de Maio em Valência: Contra a incompetência deles — organize-se e lute pelos seus direitos!

Para este 1º de Maio, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) considera mais necessário do que nunca impulsionar uma ofensiva anarcossindicalista diante das condições de vida da população em geral, da classe trabalhadora em particular e das ameaças globais que nos cercam.

A desvalorização dos salários e o aumento da inflação, que andam de mãos dadas, tornam a vida cada vez mais difícil. A alta dos preços atinge de forma brutal os grupos com menor renda. O reajuste do salário mínimo não foi suficiente para compensar a perda do poder de compra. Os preços subiram muito mais nos bens e serviços mais consumidos pelas pessoas mais pobres. Vivemos em um país onde a precariedade e os salários baixos são a regra. A perda do poder aquisitivo avança em todos os setores, exceto para uma minoria capitalista que aumenta seus lucros de forma vergonhosa, explorando os salários e as condições de trabalho da maioria. Enquanto isso, nossos jovens sofrem com um desemprego dos mais altos da Europa.

O modelo sindical baseado na concertação com as empresas, que prioriza a negociação sem construir poder popular para exigir melhoras, dificulta aumentos salariais nos acordos coletivos. Porque não é tolerável que a precariedade, o desemprego, os acidentes de trabalho, os salários baixos, a temporariedade, as condições indignas e o trabalho parcial recaiam especialmente sobre mulheres, jovens, migrantes e pessoas racializadas. Diante disso, a CGT defende um sindicalismo de luta, que prioriza a organização de base, a mobilização, a greve e o conflito, usando a pressão como ferramenta para negociar e transformar a sociedade. Por isso, a CGT foi a organização que mais greves e conflitos trabalhistas promoveu em 2024.

A CGT denuncia a diferença salarial que as mulheres enfrentam durante sua vida profissional e, depois, também em suas aposentadorias. Colocamos a luta das mulheres em primeiro lugar, porque a conciliação familiar e suas vidas devem ser prioridade. São elas que ainda assumem os cuidados (remunerados ou não) e sofrem as maiores taxas de desemprego. Para piorar, a violência machista e os feminicídios não cessam.

O preço dos aluguéis e imóveis aumenta de forma insustentável, chegando a valores impossíveis nas grandes cidades e zonas turísticas. Mais pessoas são obrigadas a dividir moradias para pagar o aluguel. E mais de um terço das famílias gasta mais de 30% de sua renda com habitação.

A CGT apoia as mobilizações por moradia digna e acessível. Toda pessoa tem direito a uma casa, e é prioridade social garantir esse direito.

Contra o desmonte do público

Os serviços públicos (saúde, educação, assistência social…) estão sendo privatizados de forma calculada pelos governos neoliberais que dominam o Estado, seguindo à risca o “Protocolo da Privatização” e colocando-os a serviço do lucro privado. A CGT deve reagir com firmeza, organizando-se de forma horizontal, a partir da base, junto aos afetados: famílias, jovens, estudantes… É assim que novas lutas, greves e mobilizações estão surgindo para salvar o que é público, porque disso dependem nossas vidas e um futuro com esperança.

Em 2024, 796 pessoas morreram no trabalho, mostrando que não há compromisso real de patrões e governos para acabar com esses “assassinatos laborais”. A CGT propõe:

  • Redução da carga de trabalho
  • Prevenção de riscos nas empresas
  • Jornada de 30 horas semanais
  • Medidas de conciliação

Contra o militarismo e a guerra

Uma nova estratégia imperialista está mudando o cenário internacional e nacional. A investimento em armas virou prioridade para o capitalismo mais agressivo e desumano. Esse gasto vai aumentar a dívida pública, com juros altos que vão cortar verbas sociais. Estamos nas mãos de uma minoria oligárquica que controla o planeta e a vida das pessoas. Por isso, a CGT tem a obrigação ética e moral de lutar nas ruas.

Historicamente, as guerras servem para saquear, endividar e dividir os povos. Querem nos enganar com o discurso de “segurança nacional”, quando na verdade promovem o rearmamento. A CGT rejeita o aumento do orçamento militar do governo espanhol. Defendemos relações internacionais baseadas em igualdade, justiça social e solidariedade entre os povos. Armas e exércitos são o oposto disso.

Não à OTAN! Fora com as bases militares!
Destruição de todo armamento e conversão da indústria bélica em desenvolvimento humano!

Pela justiça ambiental

Diante da crise climática e dos desastres ecológicos causados pelo capitalismo selvagem, a CGT mostrou, na gestão das terríveis consequências da DANA (gota fria) em Valência, que somos uma organização anarcossindicalista com capacidade de resposta. Sabemos nos organizar para apoiar a classe trabalhadora e as famílias afetadas — e também denunciar os culpados, exigindo responsabilização.

Após a morte de 225 vítimas, a CGT foi o único sindicato que conseguiu a responsabilização de altos funcionários pela má gestão da DANA e pela violação de direitos trabalhistas.

Pelo internacionalismo e a solidariedade de classe!

Não ao genocídio do povo palestino!
Nem guerra entre povos, nem paz entre classes!
Internacionalismo anarcossindicalista entre os povos!

cgtvalencia.org

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Nem se lembra
Do arroz grudado ao bigode-
Gato enamorado.

Taigi

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