
Ontem, 11 de maio, no Panteão Colônias do cemitério de Guadalajara, no estado mexicano de Jalisco, se dignificou a tumba do destacado anarcossindicalista Joan García Oliver nascido em Reus em 1902 e falecido no México em 1980. Ao ato foram David Blanco, Secretário de Relações Internacionais e Carmen Arnáiz, Secretária de Ação Social, ambos em representação de toda a CGT. Umas vinte pessoas solidárias e afins ao movimento libertário da zona também estiveram presentes. 45 anos depois de sua morte, a tumba sem nome onde jazia o corpo de uma das mais destacadas figuras do anarcossindicalismo foi restaurada e significada a partir de um processo de busca e localização iniciada pelo companheiro de Memória Libertária da CGT Joan Pinyana em 2010. O ato foi carregado de emotividade e afeto. No encontro foi feita uma revisão sobre sua figura e contou nos momentos finais com a surpreendente presença de seu afilhado Rene Rivial, que falou com emoção das recordações compartilhadas com seu padrinho e sua companheira Pilar, aos quais a família Rivial ofereceu desinteressadamente alojamento durante seu exílio mexicano.
Durante o ato na tumba se colocou uma bandeira da CGT, um lenço em memória das vítimas do nazismo mortas nos campos de concentração e extermínio (algumas delas companheiros libertários de García Oliver), uma bandeira solidária das represaliadas da CNT de “las 6 de la Suiza”, um postal com a imagem histórica da Federação Anarquista Ibérica (FAI) com o lema de “Llibertat” e uma kufiya palestina, para denunciar o atual genocídio em Gaza. Também houve uma coroa de flores enviada pela Generalitat de Catalunya. David Blanco narrou o processo de restauração da tumba empreendida por Memória Libertária e como, por fim, esse processo chegava a seu final, também assinalou a importância que dava a organização anarcossindicalista CGT a não esquecer o passado para construir o futuro. De sua parte, Carmen Arnáiz enfatizou que o ato não era só para recordar a figura de um revolucionário como Joan García Oliver, mas também e com igual de importância a de milhões de pessoas que acreditaram no ideal anarquista e deram a vida para acabar com todo tipo de exploração. Nesse sentido, fez uma menção muito especial ao papel que jogaram as Mujeres Libres nesse processo de mudança revolucionária e estendeu a homenagem ao conjunto do movimento libertário e todas as organizações anarcossindicalistas atuais. O ato terminou com as pessoas participantes cantando “¡A las barricadas!”
cgt.org.es
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
o jornaleiro espantado
que eu queira comprar
o jornal de ontem
André Duhaime
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…