
Enquanto Israel, há várias semanas, intensifica seu bloqueio a Gaza e usa a fome como arma genocida, e enquanto as bombas continuam a chover, Netanyahu anunciou na última segunda-feira sua intenção de “assumir o controle” da região. No domingo, 18 de maio, ele lançou uma grande operação terrestre batizada de “Carruagem de Gideão”, uma ofensiva final para esvaziar Gaza de toda vida palestina.
Há meses, a guerra genocida que Israel conduz no território palestino de Gaza, somada à sua ofensiva colonial na Cisjordânia, não enfrenta qualquer protesto real das grandes potências imperialistas. Recentemente, fingindo alarme com o uso da fome — que na realidade já se arrasta há muito tempo —, os governos ocidentais têm participado direta e indiretamente no apoio a esse genocídio: vendendo armas, oferecendo “apoio incondicional” diplomático e político, ou se recusando a cumprir os mandados de prisão da Corte Penal Internacional. Eles terão que responder perante a história.
A França não fica atrás: vendas maciças de armas da Thales para Israel, dissolução da organização Urgência Palestina a pedido do ministro do Interior, criminalização do apoio ao povo palestino, perseguição jurídica e policial contra organizações solidárias, manutenção de Georges Abdallah na prisão e, mais recentemente, a vergonhosa incapacidade de Macron de pronunciar a palavra “genocídio” durante seu desfile midiático em 13 de maio… A presença de Israel e suas empresas de armamento no Salão do Bourget, de 16 a 22 de junho, mostra que a suposta mudança no discurso francês não passa de fachada: Macron pode até falar em “drama humanitário” em Gaza, mas suas palavras não são seguidas por nenhuma ação concreta para impedir o genocídio.
Enquanto comemorávamos em 15 de maio os 77 anos da Nakba — a expulsão de 700 a 800 mil palestinos pelo Estado sionista, após uma limpeza étnica planejada —, a catástrofe nunca cessou. O genocídio em curso em Gaza e o plano de deportação implementado por Israel são mais uma etapa nos crimes do sionismo. A urgência não é apenas por um cessar-fogo: é por um verdadeiro processo de descolonização, que ponha fim, de uma vez por todas, à longa Nakba do povo palestino.
Nosso papel, aqui na França, é lutar sem descanso contra a cumplicidade de nosso próprio imperialismo e pelo isolamento político e diplomático de Israel. A luta contra o armamento surge como uma frente prioritária, e convocamos todos a fortalecê-la, participando das campanhas Stop Arming Israel e BDS, bem como de todas as iniciativas de solidariedade com o povo palestino.
A Palestina viverá, a Palestina vencerá!
União Comunista Libertária – UCL
20 de maio de 2025
Fonte: https://unioncommunistelibertaire.org/?Palestine-77-ans-de-Nakba-18-mois-de-genocide
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
primeira manhã gelada –
na luz do sol, o hálito
do gato que mia
David Cobb
Excelente
Esquerdistas não são anarquistas. Lulistas muito menos. Uma publicação desacertada que não colabora com a coherencia anarquista.
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…