
Octavio Alberola: A chama anarquista que não se apagou!
Octavio Alberola Suriñach
(Alaior, Menorca, 1928 – 24 de julho de 2025)
Nascido no seio de uma família profundamente anarquista e racionalista – seu pai foi professor na Escola Moderna de Ferrer Guardia e agente cultural em Aragão –, Octavio viveu os horrores da Guerra Civil e o exílio, viajando pela França e pelo México desde os 10 anos. Foi durante esse exílio que absorveu as ideias anarquistas, forjou seu caráter e decidiu dedicar toda a sua vida à emancipação da humanidade.
Engenheiro e físico formado pela UNAM, vinculou-se às Juventudes Libertárias e à CNT; participou do Movimento 26 de Julho em Cuba e definiu sua vida com uma palavra de ordem: “A revolução não serve para satisfazer uma vingança, mas para dar um exemplo“. Sua luta o levou a fundar, como representante da FIJL, o grupo clandestino Defesa Interior (1961-1965), a última tentativa libertária de luta armada contra o regime de Franco, que organizou ações contra o franquismo, incluindo a frustrada tentativa de assassinato de Franco e outros atentados. Em meados dos anos 1960, fundou o Grupo Primeiro de Maio (1966-1974). Foi preso na Bélgica (1968) e na França (1974), passando cerca de um ano e meio atrás das grades por seu compromisso inabalável. Após a morte de Franco, continuou sua militância: colaborou com a CGT na Espanha, com a COJRA na França, com a Rádio Libertaire e com várias iniciativas de resgate da memória, como a revisão dos processos de Franco e o apoio aos libertários em Cuba.
Na biografia íntimo-documental “O Peso das Estrelas“, Octavio revela sua capacidade de reflexão ética, sua firme recusa ao autoritarismo e sua contínua disposição para revisar e renovar suas convicções a partir de uma perspectiva humanista.
Sua vida é testemunho de um pensamento em ação, de uma rebeldia com consciência, de luta armada. Sua voz, até o fim de seus 96 anos, foi uma voz de dignidade e esperança.
Epitáfio:
Aqui jaz Octavio Alberola,
semente de justiça plantada na adversidade,
fogo do pensamento que ilumina o caminho do povo,
fúria contra o opressor, ternura pelo oprimido.
Sua vida foi um canto à liberdade responsável,
um exemplo perene de luta pela humanidade.
.
Que sua memória inspire nossa capacidade de ação,
que sua integridade seja um estandarte em tempos de desespero,
que seu olhar comprometido com o bem comum
nos guie na construção de um mundo mais justo.
Fonte: https://sardegnaanarchica.wordpress.com/2025/07/24/octavio-alberola-e-morto-i-suoi-96-anni-sono-stati-una-lotta-perenne-per-lanarchia/
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
um dia a casa cai
e nasce dos seus escombros
um novo haikai.
José Carlos de Souza
Um grande camarada! Xs lutadores da liberdade irão lhe esquecer. Que a terra lhe seja leve!
segue a página: https://urupia.wordpress.com/
Como ter contato com a comuna?
entra neste site: www.imprimaanarquia.com.br
Parabéns, camarada Liberto! O pessoal da Ana poderia informar como adquirir a obra. Obrigada!