
Onda de protestos provocou a morte de pelo menos 25 pessoas. Jovens entraram em confronto com a polícia, além de incendiarem prédios governamentais e casas de ministros. Governo recuou em relação às redes sociais e instituiu toque de recolher.
Os protestos em massa no Nepal, e especialmente na capital, Katmandu, podem, segundo a mídia tradicional, ser resultado de um bloqueio das redes sociais, mas isso é apenas o pretexto. O estado nepalês é governado por um primeiro-ministro comunista, KP Sharma Oli, líder do Partido Comunista do Nepal (Marxista-Leninista Unificado – CPN-UML), em aliança com o Partido do Congresso Nepalês, de centro-esquerda. KP Sharma Oli renunciou após pelo menos 25 pessoas terem sido mortas pela polícia durante protestos.
A gestão do estado comunista
O país é caracterizado por profunda corrupção, nepotismo e pobreza, que afetam particularmente os jovens. Por isso, muitos se referem a uma revolta da “Geração Z”. Desde 2008, quando a monarquia foi abolida no Nepal, mais de 12 governos assumiram o poder.
A desigualdade social é um dos principais pontos de descontentamento dos jovens nepaleses que levaram milhares de pessoas às ruas. Os manifestantes acusam os governantes de usar fundos públicos em luxos, enquanto eles próprios lutam contra a pobreza todos os dias.
Os distúrbios já deixaram pelo menos 25 mortos e centenas de feridos e de pessoas detidas. Manifestantes invadiram e incendiaram o prédio do parlamento, dançando e entoando slogans enquanto as chamas se alastravam. O Supremo Tribunal também foi incendiado em Katmandu. Parte do Singha Durbar (um complexo de escritórios do governo) foi danificada pelo fogo, juntamente com outros prédios governamentais. Em outro incidente, manifestantes incendiaram escritórios do partido, incluindo o do Congresso Nepalês (o maior partido), a sede do Partido Comunista (onde os manifestantes retiraram e queimaram bandeiras) e outros escritórios do partido no poder em Katmandu e Janakpur.
Muitas residências de líderes políticos também foram alvos, incluindo a do Primeiro-Ministro, onde foram invadidas e incendiadas. A casa do Presidente Ram Chandra Paudel, em Katmandu, também foi incendiada, assim como a casa de Sher Bahadur Deuba (líder do Congresso Nepalês). A casa do ex-Primeiro-Ministro Jhalanath Khanal foi incendiada, e sua esposa, Rajyalaxmi Chitrakar, foi queimada viva, presa lá dentro. Ministros foram evacuados em helicópteros do Exército e levados para um quartel militar após o assalto às suas casas. Por fim, muitas outras casas de ministros e ex-primeiros-ministros também foram incendiadas.
Ataques incendiários também se espalharam para escritórios de mídia e delegacias de polícia.
Há relatos de ataques a ministros e políticos, como manifestantes rasgando roupas e perseguindo o ministro das Finanças pelas ruas e até dentro de um rio.
Apesar do fim da proibição das redes sociais, da renúncia do primeiro-ministro, da tomada de controle pelos militares e do aeroporto fechado, a agitação está aumentando.
“Todo cidadão do Nepal já estava farto do governo corrupto do Nepal. A raiva contra este governo vinha se acumulando há muitos meses, mas o chamado para este protesto foi muito espontâneo”, afirmou um ativista à imprensa local.
agência de notícias anarquistas-ana
Fábrica de nuvens:
operários moldam chuva
para lavar o ódio.
Liberto Herrera
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.
Um grande camarada! Xs lutadores da liberdade irão lhe esquecer. Que a terra lhe seja leve!
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