
Pelo menos 216 pessoas foram detidas e 95 polícias ficaram feridos durante confrontos no domingo (21/09) entre manifestantes e as forças de segurança em Manila. Protestos também foram relatados em Baguio, Bulacan, Cebu e Davao.
“Foram detidos 216 indivíduos, entre eles 127 adultos e 89 menores”, anunciou em conferência de imprensa o secretário do Departamento do Interior, Jonvic Remulla, acrescentando que “enquanto 95 agentes da polícia ficaram feridos, alguns gravemente”.
Os confrontos ocorreram quando uma das manifestações realizadas no domingo na capital, no histórico parque Luneta, e que contou com a participação de cerca de 50 mil pessoas, segundo dados oficiais, tentou avançar em direção ao palácio presidencial de Malacañang.
Os manifestantes lançaram cocktails molotov contra um veículo que lhes bloqueava o caminho numa ponte, e posteriormente as forças de segurança recorreram ao uso de canhões de água para dispersar uma multidão que atirava pedras e outros objetos.
Os confrontos, iniciados durante a tarde, degeneraram em distúrbios até bem tarde da noite na avenida Recto, que leva ao palácio presidencial, onde um hotel de luxo foi vandalizado.
Remulla acusou os detidos durante os confrontos de “anarquistas”, muitos deles menores, de tentarem desencadear uma onda de protestos violentos semelhantes aos vividos recentemente na Indonésia e no Nepal.
Dezenas de milhares de filipinos mostraram neste domingo o descontentamento com os casos de corrupção milionária em projetos de controle de inundações, com políticos e empreiteiros sob investigação.
Supostamente concluídos, mas na realidade inexistentes ou de baixa qualidade, vários projetos “fantasma” terão causado prejuízos ao erário público na ordem dos US$ 9,5 bilhões apenas nos últimos dois anos.
A indignação do povo piorou depois que um casal rico, Sarah e Pacifico Discaya, que operava várias empresas de construção, ganhou contratos de controle de enchentes mostraram dezenas de carros de luxo e SUVs europeus e americanos que eles possuíam.
“Sinto-me mal por estarmos chafurdando na pobreza e perdermos nossas casas, nossas vidas e nosso futuro enquanto eles arrecadam uma grande fortuna com nossos impostos, que pagam seus carros de luxo, viagens ao exterior e transações corporativas maiores”, disse a ativista estudantil Althea Trinidad à imprensa local.
As Filipinas enfrentam cerca de vinte tufões por ano e, no ano passado, sofreram uma avalanche invulgar de seis tempestades tropicais consecutivas em menos de um mês, que causaram, pelo menos, 164 mortos.
As reivindicações anticorrupção provocaram, por enquanto, a demissão do presidente da Câmara dos Representantes, Martin Romualdez, enquanto o presidente do Senado, Francis Escudero, foi afastado na semana passada, após a divulgação de ligações com um dos grandes empreiteiros sob investigação.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
espiral de sol –
luz nas frestas da
escada em caracol
Carlos Seabra
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.
Um grande camarada! Xs lutadores da liberdade irão lhe esquecer. Que a terra lhe seja leve!