Indígenas iniciam Greve Nacional no Equador

O Equador vive nesta terça-feira (23/09) o segundo dia consecutivo de Greve Nacional convocada por organizações indígenas e sociais em repúdio ao decreto do presidente Daniel Noboa que elimina o subsídio ao diesel. Já há mais de 50 pessoas detidas no contexto das manifestações.

No primeiro dia, em Otavalo, Imbabura, houve um dia violento, com protestos e a queima do Quartel da Polícia. As vias permanecem fechadas na Panamericana Norte, onde ocorreram vários focos de confronto entre manifestantes e forças da ordem.

A questão do fim do subsídio é que detonou o movimento. Todos os produtos aqui são transportados por caminhões, inclusive os alimentos, que vão ficar muito mais caros. Com o fim do subsídio o preço do diesel fica atrelado ao mercado externo que com o tempo vai subir ainda mais. Isso vai significar fome e desnutrição para a população pobre. Mas junto a isso vem as demandas dos indígenas contra mineradoras e em defesa das matas. No Equador, boa parte da produção de alimentos é feita por eles, com exceção dos amazônicos que vivem na floresta. Aqui greve geral não é brincadeira“, explica uma companheira anarquista brasileira de passagem pelo Equador.

Gás lacrimogêneo brasileiro é usado contra manifestantes

Armas produzidas pela empresa brasileira Condor estão sendo usadas para reprimir manifestantes que protestam no Equador. Fotos divulgadas pelas redes sociais mostram bombas de gás lacrimogêneo com a marca da Condor. A Condor é a maior fabricante de munições não letais do Brasil e do mundo, como gases pimenta e lacrimogêneo e balas de borracha, granadas de fumaça e produtos relacionados vendidas para todas as polícias militares e civis brasileiras e muitas do resto do mundo.

agência de notícias anarquistas-ana

A cerca desaba.
O gado, agora livre,
pastoreia a si mesmo.

Liberto Herrera

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