Do Debate à Ação: Forjando a Liberdade em Lajinha (MG)!

Companheiras, companheiros, povo consciente de Lajinha e de todo território dominado pelo Estado brasileiro!

Enquanto os de cima festejam em seus salões e apostam na nossa desunião, nós, da União Anarquista Federalista (UAF), fazemos o que eles mais temem: nos reunimos, debatemos e forjamos nossa própria liberdade. No fim da tarde de 30 de setembro, a revolução não gritou nas ruas, mas sussurrou e raciocinou em uma poderosa roda de conversa. O povo se reuniu não para ouvir um líder, mas para construir, coletivamente, o caminho da sua própria emancipação.

Os temas não foram acadêmicos. Foram ferramentas. Autogestão – a prova prática de que não precisamos de patrões para organizar nosso trabalho e nossas vidas. Apoio Mútuo – a arma letal contra a lógica individualista e competitiva que o Capital nos impõe. Solidariedade de Classe – a compreensão de que a luta do operário da fábrica é a mesma do camponês do campo, do favelado, do estudante endividado e da mãe solo que luta para sobreviver.

Este não foi um debate de ideias abstratas. Foi uma trincheira de formação revolucionária. Foi a demonstração de que o povo, quando se organiza horizontalmente, é perfeitamente capaz de pensar, de aprender e de ensinar. Enquanto o Estado nos trata como incapazes e o Capital nos reduz a meros números, nós, anarquistas, reafirmamos: o conhecimento é poder, e esse poder deve ser de todos!

A roda de conversa é a antítese do parlamento burguês. Enquanto eles falam sobre nós, sem nós, nós falamos por nós, entre nós. É a ação direta aplicada à educação. É a semente da nova sociedade sendo plantada no terreno fértil da consciência popular. É a prova de que a revolução não se faz apenas com confronto, mas também com a paciência revolucionária de educar, organizar e construir poder popular.

Mas, companheiras e companheiros, de que adianta o debate se ele não se transformar em prática? A autogestão discutida deve virar uma cooperativa de trabalhadores, uma horta comunitária. O apoio mútuo deve se materializar em uma caixa de solidariedade para greves, no apoio a um morador despejado. A solidariedade de classe deve ecoar nos piquetes de luta e nas assembleias populares.

A UAF não veio a Lajinha para doutrinar. Veio para semear e, ao mesmo tempo, aprender. Convocamos a todos que participaram e a todos que sentem o chamado da liberdade:

Aos que entenderam que a verdadeira educação é libertária,

Aos que veem na autogestão o futuro da sociedade

Aos que praticam o apoio mútuo no seu dia a dia e querem transformá-lo em força política,

ASSOCIEM-SEM À UAF E VAMOS OMBREAR POR UM MUNDO MELHOR!

Que a roda de Lajinha não seja um evento isolado. Que seja o primeiro de muitos círculos de estudo, de muitos grupos de afinidade, de muitos núcleos de poder popular. Que de cada conversa surja uma comissão de bairro, que de cada debate nasça um novo sindicato combativo.

A noite em Lajinha foi iluminada não apenas pela luz do fim de tarde, mas pela chama da inteligência coletiva e da vontade de lutar. Que essa chama se alastre, queimando as correntes da ignorância e da opressão.

Pela educação libertária! Pela construção da organização popular antiestatal e anticapitalista!

A luta continua, na teoria e na prática!

Viva a Anarquia! Viva a UAF!

União Anarquista Federalista (UAF)

uafbr.noblogs.org

agência de notícias anarquistas-ana

zínias frescas,
brancas, amarelas,
cadê as borboletas?

Rosa Clement

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