
O fanzine “Las Magonistas Revoluciones” reconta as histórias de vidas de 23 revolucionárias mexicanas em princípios do século XX sob o lema “Terra, Amor e Liberdade”. Financiado pela fundação política alemã Rosa-Luxemburg-Stiftung (RLS), foi apresentado em 25 de abril em Oaxaca.
Este zine é produto de uma série de oficinas realizadas em Oaxaca, Querétaro e Puebla, onde se juntaram garotas, dissidências, defensoras do território e adultas idosas para compartilhar a vida de algumas revolucionárias, falar de suas próprias revoluções cotidianas e das dissidências como uma potência política.
As magonistas decidiram abordar a luta não só desde as armas, mas desde o pensamento, da comunidade, das ruas, construindo redes de comunicação ou fazendo comedores comunitários. Com o fanzine se torna visível a trajetória da participação das mulheres na revolução e seu sentido profundo de comunidade e coletividade.
Não estão representadas todas as mulheres revolucionárias daquele tempo, mas as que pensaram nos três elementos de terra, o amor e a liberdade que ainda se vive nos territórios e em sua defesa. Sem a terra não há nada – nos dá de comer, onde nasce e corre a água e onde crescem as flores que comemos. O amor, porque sustentar a vida cotidiana com quem escolheu fazê-lo, é uma ação de amor verdadeiro. As magonistas consideraram que o amor é indispensável para uma revolução. Em liberdade, para poder seguir seu próprio caminho mais forte que as fronteiras impostas, livres e contra tudo aquilo que quer enjaular a mente e livres para criar uma nova geração livre e rebelde.
O fanzine contêm histórias de mulheres como as irmãs Andrea e Teresa Villarreal-González que viveram anos de intensa perseguição por sua luta pela liberação de presos políticos e os direitos das mulheres e da classe trabalhadora. A Basilisa Franco que foi expulsa do México em 1912 por distribuir um semanário proibido e não ceder aos soldados assediando-a. Felipa Velázquez Ozuna teve um papel importante nos sindicatos de obreiros e camponeses em Baja California onde lutava pela recuperação de terras de grandes empresas pelo que foi encarcerada. Mestra de profissão encontrou na poesia uma maneira de expressar suas ideias revolucionárias e escreveu em 1926:
“Y como madre que soy
Y hermana de aquel servil
Por eso invitando voy
A destruir todo lo vil.
¡Y grito a la humanidad!
Si ser felices queremos,
Reclamemos la igualdad
Que por derecho tenemos.”
Baixar Fanzine Las Magonistas Revoluciones “Tierra, Amor y Libertad” (pdf, 81 pág.)
Este material é compartilhado com autorização de Educa Oaxaca
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Greve na fábrica:
as máquinas paradas
sonham com selvas.
Liberto Herrera
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.
Um grande camarada! Xs lutadores da liberdade irão lhe esquecer. Que a terra lhe seja leve!