Sejam pessoas bem vindas a COP30: Brasil, uma potência em destruição ambiental!

O Brasil longe de ser o paladino da preservação ambiental, já destruiu 71,3% das áreas de florestas tropicais nativas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), devido aos diversos ciclos de exploração agrícola ocorridos desde a invasão europeia. 

Para fins ilustrativos, a cana-de-açúcar e o café tiveram um papel significativo na destruição da flora e fauna no Nordeste brasileiro. A exploração da cana-de-açúcar, em particular, levou ao desmatamento e à perda de habitats, impactando diretamente a biodiversidade da região em um período de tempo de quase 3 séculos. 

E esse perfil não mudou!

Os vários governos brasileiros com seus perfis variados (direita ou esquerda institucionais), não tiveram nenhum compromisso sério de mudança em suas políticas agrícolas e ambientais, embora gritem aos quatro ventos estejam engajados em programas ambientais e preocupados com as mudanças climáticas que estão nos devastando. 

Balela!!!

Ao mesmo tempo que buscam ter algum protagonismo nas questões climáticas e ambientais, mostra sinais contraditórios de apostar em exploração de mais fontes de energia suja, como petróleo e termelétricas, mantendo a política de uso de veneno nas lavouras e afrouxamento das regras para autorizações de empreendimentos extremamente destruíres com de mineradoras e construções de alto padrão em áreas de preservação ambiental, além de manterem a política de extermínio dos povos originários, uma vez que nada fazem para parar os avanços das fronteiras agrícolas. 

Recentemente, em outubro de 2025, foi autorizado pelo Ibama (órgão que deveria proteger o meio ambiente brasileiro) a sondagem exploratória da foz do Amazonas pela Petrobras. E o Brasil mantém subsídio para o uso de carvão para termelétricas, recentemente prorrogado até 2040, também em outubro de 2025!

Não se deixem enganar, o Brasil sempre caminhou como tantos outros países que destruíram seu meio ambiente, uma vez que o que a ganância e avidez por mais riquezas por parte dos grupos dominantes (empresariado em geral, banqueiros, agro-negociantes entre os principais) mantém a pressão para manterem operações nocivas ao meio ambiente. Não importa que isso cause impacto negativo, tendo lucros e mais lucros, o planeta que se dane!

A diferença é o tamanho continental que faz com que a percepção de que ainda temos muita área preservada, mas é ilusório, uma vez que a ganância e ambição dos grupos exploradores de todas as matizes não vão parar em quanto a terra não estiver seca de uma forma irreversível, assim como fizeram com grandes áreas no nordeste brasileiro.

Embora vastas áreas do Brasil permaneçam preservadas, as áreas já desmatadas são tão grandes que, quando comparadas a países menores, a magnitude do dano é assustadora. Por exemplo, o Brasil perdeu uma área de vegetação natural equivalente ao tamanho da Bolívia (mais de 111 milhões de hectares) em apenas 40 anos. Apenas em 3 anos, uma área maior que a Suíça foi devastada na Amazônia. Esses números, expressos em áreas comparáveis a países inteiros, demonstram a escala colossal da destruição, que pode ser subestimada quando vista apenas em termos de porcentagem de um território tão grande quanto o brasileiro.

Com uma vasta extensão territorial do país pode criar uma falsa percepção de que os recursos naturais são inesgotáveis e que sempre haverá mais áreas a serem exploradas ou preservadas. Isso pode levar a uma complacência em relação às taxas de desmatamento e degradação.

A destruição ambiental ocorre em diferentes biomas (Amazônia, Cerrado, Caatinga, etc.) e em locais distantes dos grandes centros urbanos. A distância física e a dispersão dos problemas podem fazer com que a população urbana e a mídia não tenham a real dimensão do que está acontecendo em regiões remotas.

Frequentemente, os dados de desmatamento são apresentados como porcentagens da área total do bioma ou do país, o que pode parecer pequeno em um território colossal. No entanto, em termos absolutos (quilômetros quadrados), a área destruída é enorme, e tem impactos globais significativos, como a emissão de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade. 

Reforçamos que a dimensão do Brasil mascara o fato de que a destruição, embora localizada em certas regiões, atinge proporções que, em qualquer outro país, seriam consideradas uma catástrofe nacional de proporções inquestionáveis.

Brazil: king of ambiental destruction!

anarkio.net

agência de notícias anarquistas-ana

Rebelião íntima:
quem doma o próprio medo
derruba impérios.

Liberto Herrera

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