A COP30 mostrou o que o sistema teme: o povo rompendo o palco.

Enquanto chefes de Estado e executivos discutem o “futuro verde” em salões climatizados, povos indígenas e movimentos sociais ocuparam o espaço que sempre lhes foi negado. Não pediram licença, entraram, porque a Terra já não aguenta esperar. Essa invasão foi o grito real em meio à encenação. A COP30, em Belém, mostrou o abismo entre quem fala em “sustentabilidade” e quem sente o colapso na pele.

Os mesmos governos que fingem defender a Amazônia são os que assinam concessões para mineradoras, constroem portos de exportação, abrem estrada no território ancestral. As mesmas empresas que patrocinam o evento são as que secam rios e queimam florestas para gerar “crescimento”. A COP não é uma cúpula pela vida, é uma feira de negócios fantasiada de esperança. Lá dentro, tudo é negociado: o carbono, a terra, o clima, até a dor dos povos.

E quando os verdadeiros guardiões da floresta atravessam as grades e dizem “nossa terra não está à venda”, o sistema reage com polícia, não com escuta. Porque o que eles chamam de diálogo é um contrato, e o que nós chamamos de vida é desobediência.

Essa ação direta rompeu a narrativa higienizada das conferências. Mostrou que não há solução institucional para uma crise criada pelas próprias instituições. Não se trata de reformar o sistema, mas de derrubá-lo com nossas próprias mãos, com autonomia, solidariedade e coragem.

A Terra não precisa de líderes, precisa de aliados. E a aliança verdadeira é com quem luta, não com quem lucra.

@anarquia_e_cogumelos

agência de notícias anarquistas-ana

Casulo vazio
Borboletinha no ar
Ficou o enfeite

Nurisilva Dias Fernandez

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