Em 24 de agosto foi votado, com pressa e por maioria, o projeto de lei de Educação Superior. É uma lei que converte as universidades, por completo, em presas do desenvolvimento capitalista. Necessitam de alguns analfabetos, totalmente especializados e escravos dóceis das empresas e do capital. Este é o único objetivo do novo projeto de lei de Educação Superior. Com as necessárias cláusulas suplementares, ou seja, as exigências ultradireitistas de eliminação de asilo, os partidos burgueses que se alternam no poder, juntamente com o partido fascista Laos, concordaram em votar o projeto de lei mais conservador que já se apresentou até hoje.
Apenas dois dias foram suficientes para eliminar a Educação Pública e expulsar das universidades o livre intercâmbio de idéias. Os partidos que aspiram tomar o poder e seus lacaios estão comemorando o consenso oficialmente alcançado, pela primeira vez, para implementar um projeto de lei que:
• Elimina diretamente a Educação Pública gratuita, abrindo caminho para a imposição de taxas, incluindo em estudos universitários anteriores à pós-graduação.
• Elimina a distribuição gratuita de anotações e livros acadêmicos, bem como a maioria dos benefícios para os estudantes.
• Elimina completamente o asilo universitário¹.
• Conduz à degradação total dos diplomas universitários, mediante a eliminação de departamentos e grupos universitários.
• Promove uma administração centralizada e oligárquica nas universidades, nas quais os empresários, gestores e políticos desempenharão o papel mais importante, enquanto os alunos terão um papel simbólico.
• Legitima as escolas privadas, pela porta de trás, já que lhes dá a oportunidade de seus alunos ingressarem no ensino superior, confirmando mais uma vez o caráter classista da educação.
• O Poder, através do novo projeto de lei, e com a colaboração entre eles, competindo a quem irá conduzir a política mais ultradireitista, afirma novamente que pretende “curar as patogenias” da educação em nosso país, lembrando muito a um velho aspirante a cirurgião-curador².
Toda esta ofensiva ao setor da educação, no entanto, vem como uma peça a mais da reestruturação violenta do sistema e como tal deve ser enfrentada. Coletiva e combativamente, contra a guerra que nos declararam, contra a ocupação política e econômica que estão impondo.
Fonte: https://athens.indymedia.org/
[1] O direito de asilo universitário impedia que as autoridades entrassem nos estabelecimentos de ensino superior para prender estudantes.
[2] Alusão ao chefe da ditadura dos coronéis (1967-1974).
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!