Durante o fim de semana dos dias 11, 12 e 13 de março ocorreu entre o Ateneo Libertário de Villaverde e o Centro Sociocultural Ágata (Madrid) o primeiro Congresso da Federação Estudantil Libertária, após realizar-se em julho de 2014 o Congresso fundacional da mesma, onde diferentes coletivos decidiram se organizar em comum em torno de uma Federação.
O Congresso serviu como espaço de discussão entre a militância, uma vez que foram analisadas as diferentes realidades locais com o objetivo de formar uma visão global das lutas em que participam as agrupações da FEL. A partir desta análise é estabelecida uma discussão em torno de como enfrentar a realidade desde uma perspectiva revolucionária, que ações tomar hoje para caminhar rumo a uma sociedade de pessoas livres e iguais, com o mundo da educação como um meio indispensável para transitar para os nossos anseios de liberdade. Fruto destes debates é atualizada e estabelece-se a Linha Geral de Atuação da Federação, as propostas estratégicas que desenvolverão as agrupações no seu âmbito. A estratégia coletiva que sustenta o projeto político da FEL, revalidando o nosso compromisso por uma educação universal, gratuita e crítica, fomentando as lutas desde um movimento estudantil autônomo e combativo e com a Gestão Comunitária como ideia força a médio prazo.
Além de questões relacionadas com a luta cotidiana, o Congresso também serviu para atualizar e adaptar a estrutura da Federação as necessidades do momento. Desta maneira, as agrupações apostaram em fortalecer a organização, sem deixar de lado a ação local. Encontrar o equilíbrio entre a estrutura federal e o trabalho local foi um dos grandes eixos de discussão.
Este encontro também foi fundamental para estreitar laços entre a militância da Federação. Uma militância cambiante devido ao caráter cíclico do estudante, mas uma militância renovada e comprometida com um projeto comum. Fez-se patente a importância dada a esta coesão entre companheiras, aos cuidados e apoio mútuo das portas para dentro, fundamental para a realização de uma militância saudável, onde as diferentes sensibilidades possam se sentir confortáveis e integradas.
Não podemos esquecer de agradecer enormemente ao trabalho realizado pelo agrupamento de Villaverde da FEL, que carregou grande parte do peso organizativo do encontro por ter sido o anfitrião, a CNT de Villaverde por nos ceder o seu espaço e ajudado no pedido de cessão do Centro Sociocultural Ágata, onde teve lugar parte do Congresso, e ao próprio Centro Sociocultural pelo espaço e dar todas as facilidades. Também agradecer o apoio recebido de outras organizações como Embat, Ikasle Abertzaleak, Sindicat d’Estudiants dels Països Catalans ou a Federación Anarquista de Gran Canaria.
Com tudo isso assumimos com orgulho e alegria a tarefa que nos impusemos: a construção de um ensino que nos ajude a transformar radicalmente a sociedade, não a perpetuá-la.
Villaverde, março de 2016
Arriba as que lutam!
Fonte: http://felestudiantil.org/cronica-del-primer-congreso-la-federacion-estudiantil-libertaria/
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A gaveta da alegria
já está cheia
de ficar vazia
Alice Ruiz
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…