Jovem de 17 anos, que morava na cidade alemã de Schmoelln, cometeu suicídio após neonazistas dizerem para ele pular da janela do quinto andar.
Embora grande parte da população mundial acredite que a preconceituosa e mortal ideologia nazista tenha morrido com o suposto suicídio de Adolf Hitler (1889-1945), cada vez mais surgem casos de indivíduos adeptos do falido regime do Terceiro Reich.
Apesar do governo se orgulhar em dizer que praticamente não existem mais nazistas no país, desde o surgimento da imigração em massa para a Alemanha, tem havido uma espécie de ‘ressuscitação’ daquele tipo de pensamento por parte da população.
Dessa vez, a imprensa não conseguiu abafar o caso de um imigrante da Somália, de 17 anos, que estava deprimido e ameaçando pular da janela do quinto andar da casa de refugiados onde morava, na cidade de Schmoelln, na sexta-feira (21).
Na ocasião, vizinhos neonazistas tornaram a situação irreversível, ao incitarem o imigrante a se matar devido ao fato dele ser africano, conforme informações do periódico britânico Daily Mail, edição de domingo (23).
Segundo a polícia local, enquanto o jovem estava empoleirado na janela ameaçando saltar para a morte, neonazistas zombavam do rapaz e diziam para ele “acabar com tudo agora”, numa clara demonstração de repulsa aos imigrantes africanos. E ele acabou se matando.
De acordo com o jornalista responsável por cobrir o episódio, Alan Hall (Daily Mail), quando os policiais chegaram para atender a ocorrência, no período da tarde de sexta-feira, o somali estava na borda da janela, deprimido e chorando copiosamente, devido ao preconceito vivido na Alemanha.
Antes do rapaz atender aos desejos dos neonazistas, a polícia conta que durante uma hora tentou persuadir o imigrante a voltar para o interior da casa de refugiados.
Contudo, numa demonstração vil e insana de intolerância a imigrantes de determinadas nações, diversos neonazistas – moradores próximos do local -, que acompanhavam o evento, encorajaram o jovem a pular. “Menos um parasita! Vá em frente, pule!”, gritavam os alemães enquanto o menino tremia de medo, relata Alan Hall.
Desde março na Alemanha
O jovem, cujo o nome não foi revelado pela imprensa, estava a sete meses na Alemanha, depois de fugir da Somália para o Sudão e conseguir atravessar o mar mediterrâneo por meio daqueles botes infláveis onde centenas de pessoas passam semanas amontoadas umas sobre as outras.
Apesar de vários neonazistas incentivarem e, inclusive, filmarem o suicídio do rapaz, diversas outras pessoas da cidade se disseram consternadas com a bizarra situação. Uma dela é o prefeito do município, Sven Schrade. “Antes dele ser um refugiado ou da Somália, ele era um ser humano”, fala Schrade.
O promotor de Schmoelln abriu inquérito para investigar os neonazistas responsáveis por incentivar e filmar o suicídio do rapaz. Porém, até o momento ninguém foi preso.
Ao que tudo indica, a latente ideologia nazista, adormecida desde a Segunda Guerra Mundial, parece ter saído da hibernação e ganhado cada vez mais adeptos.
agência de notícias anarquistas-ana
Quase escondida
entre a casca e o tronco
teia de aranha.
Rodrigo de Almeida Siqueira
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...