“Pensar e atuar a contratempo, mas sem por isso deixar de pertencer a nosso tempo. Trata-se, em suma, de assumir a incômoda tensão gerada pela dupla exigência de sintonizar plenamente com o presente e de contradizê-lo de maneira radical”
A partir desta premissa o autor nos convida a reconsiderar e incidir sobre o momento atual, entendendo que nossos anseios transformadores se vejam cada vez mais difusos, atravessados de dificuldades que são parte inerente das lutas. Desta forma, projeta com lucidez novas dimensões e perspectivas que desafiam sem rodeios o imobilismo prático e discursivo que compromete há décadas o pensamento anarquista contemporâneo.
O livro traça um percurso que atravessa as ruas de Paris durante aquele maio de 1968, passa pela irrupção do 15M quase quarenta anos depois e desemboca nas vitórias locais de Gamonal e Can Vies; um caminho sinuoso e alentador, que ilustra a vigência e mutabilidade do anarquismo.
“É próprio dos tempos que mudem e que nos façam mudar com eles sem que nem sequer o notemos.”
TOMÁS IBÁÑEZ (Zaragoza, 1944) filho de exilados libertários na França, se forma e milita nos círculos estudantis e juvenis anarquistas desde os quais promove a criação do “A” circulado que se universalizará como ícone do movimento ácrata. Participa ativamente na luta antifranquista e revolucionária das juventudes libertárias (FIJL) assim como no Maio de 68 francês e na reconstrução da CNT. Foi catedrático de Psicologia Social na UAB. Seus escritos sempre se interessaram em reinterpretar o anarquismo como um ente versátil, mutante e, sobretudo, necessário. Nesta linha, publicou “¿Por qué A? Fragmentos dispersos para un anarquismo sin dogmas” (Anthropos, 2006), “Anarquismo es movimiento” (Virus, 2014), assim como incontáveis artigos em diversas revistas em língua francesa, italiana e castelhana.
Anarquismos a contratiempo
Tomás Ibáñez
Colección Ensayo
400 págs ISBN 978-84-92559-75-6
22 Euros
Tradução > Sol de Abril
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