Mais uma vez o Laboratório Anárquico Perlanera está organizando um encontro que se converteu irrenunciável, para quem acredita, como nós, que a criatividade e a arte devem estar totalmente ligados ao existente, de quem procura expressar sentimentos e angustias, orientadas num sentido inovador e de mudança social: o encontro “Os Sem Estado”.
Há quatro anos, teatro, cinema, pintura, desenho, escultura, fotografia, poesia, performances e música se reencontram durante quatro dias do mês de junho. Dando continuidade e vida a um encontro em que a criatividade e a arte são sinônimos de convivência e comunicação.
Vamos para a frente, que não estamos falando nem de uma arte que se sobe à poltrona nem muito menos de uma arte subordinada a ideias políticas; este tipo de expressões não tem nada a ver conosco: as ideias, por muito bonitas que sejam, não podem ser concebidas como uma obrigação de forma a cair hipnotizadas em uma veneração carente de crítica; estamos mais que nada falando de um imaginário criativo individual e coletivo, de uma denúncia contra o existente e que também carregue em si o gérmen de um cariz subversivo, uma subversão aparentemente abstrata (às vezes até na forma) mas que também &eacut e; extremamente concreta, já que surge da constatação do existente.
A arte e a criatividade neste sentido sempre tiveram um papel integrador na vida do movimento anarquista em geral. Difundir esta característica foi sempre uma das razões fundamentais do Laboratório Anárquico Perlanera, que também para muitos de nós tem uma carga estética (não precisamente no sentido mercenário ou de ofício). O encontro surgiu para dar um aspecto completo, coletivo e de proposta a tudo isso; uma espécie de vitrine de exposição temática, onde quem quer e pode insertar a sua própria contribuição, a sua própria sensibilidade, sua própria visão particular, para dar vida a um ca leidoscópio que possa fotografar de forma completa um aspecto de presente.
O tema
“Os Sem Estado” está dedicado a todas aquelas pessoas que o escolheram (os rebeldes e os anarquistas) ou porque lhes foi imposto por sua própria vida, e que veem o Estado como inimigo e opressor, pessoas que vivem na marginalização ou na miséria, no isolamento e sofrem uma repressão como uma constante cotidiana.
Nas passadas edições participaram artistas italianos e europeus, mas também do outro lado do Oceano. Num conjunto de propostas em quatro dias ininterruptos, desde quinta-feira às 21h30 até domingo à meia noite, formando um mosaico em que as numerosas peças compostas de exposições e exibições são um conjunto de mil clarões que oferecem uma fotografia não só multimídia, mas também cromática de uma realidade existente, muita das vezes escondida, um ato de denúncia e ao mesmo tempo de luta contra o inquietante presente.
A ter em conta, que se comerá a módicos preços com um menu original e caprichoso. A mostra sempre teve um caráter agradável e de convivência.
E também este ano, como em 2015 e em 2016, no domingo se celebrará o Festival da Canção Anarquista, em que se oferecerá as diversas modalidades de canto anárquico. Durante o dia de domingo, música de autor, cantos tradicionais, populares ou de luta (entoados por um ou vários intérpretes, incluindo coral), irão se fazer ouvir junto com músicos de rock, punk, hip hop ou de outros tipos, unidos por textos ou músicas que tem uma vertente libertária no sentido social.
Buscam-se cúmplices
Convidamos todos os que quiserem participar como artistas que entrem em contato conosco o quanto antes; temos problemas de tempo, de espaço e de outro gênero, por isso não podemos assegurar a presença de todos. Para facilitar o nosso trabalho, todos os que queiram participar estão convidados a contactar-nos o quanto antes (ou melhor, imediatamente!). Pedimos que mostrem, incluindo via internet, as vossas obras, ou pelo menos que nos digam o texto ou o tema dos espetáculos e outras particularidades. Por razões organizativas, tudo deve chegar antes de 2 de abril.
Temos que ter o programa decidido no máximo, na tarde de domingo de 12 de abril. Esse dia, desde as 15h30 até às 19h30 na sede do Laboratório Anárquico Perlanera (em Alexandria, rua Tiziano Vecellio, 2). A todos os que possam vir estão convidados à última reunião de organização da iniciativa, onde se apontará os espaços e os tempos definitivamente, com o fim de preparar as salas. Nesta ocasião terão também a possibilidade de ver a prova gráfica do futuro cartaz e do futuro programa que difundirá a inciativa; esta é a razão por que devemos ter todo o programa decidido para essa data.
Festival da Canção Anarquista
Para participar no Festival é necessário comunicar as canções que se vão cantar, com o fim de evitar que vários intérpretes repitam o mesmo tema. Pedimos também que tenham a letra das próprias canções para evitar que se entoem coisas que não encaixem nas Jornadas. Os temas preparados podem ser entre três e no máximo cinco; devemos garantir pelo menos dez ou doze atuações, por isso pensamos em começar às 16 horas (pontuais!) e seguir, sem parar, até às 24 horas, e a única maneira de assegurá-lo é limitar as intervenções. Todos aqueles que quiserem participa r no Festival da Canção Anarquista devem saber que a iniciativa tem um caráter muito concreto e consequentemente uma finalidade específica, por isso durante a jornada do domingo (como em todos os outros atos, exceto o concerto de sábado à tarde) não se cobrará a entrada. Assim mesmo não nos podemos permitir pagar (nem sequer os gastos da viagem) aos participantes do Festival, mas garantimos a gratuidade da comida ou do jantar. Também neste caso o tempo é o único que pode impor-nos algo: O número de participantes! Por isso pedimos que nos contactem o mais rápido possível.
lab.perlanera@libero.it
Fonte: https://www.nodo50.org/tierraylibertad/344articulo3.html
Tradução > Joana Caetano
agência de notícias anarquistas-ana
canta bem-te-vi
sol por todo o lado
natureza sorri
Carlos Seabra
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…