O jornal Le Figaro, de linha editorial conservadora, dá chamada de primeira página nesta sexta-feira (22/06) para a inauguração de uma nova escola de administração, batizada Instituto de Ciências Sociais Econômicas e Políticas (Issep), em Lyon. O estabelecimento privado, de nível superior, será dirigido pela neta do líder histórico da extrema-direita francesa, Jean Marie Le Pen.
Marion Maréchal, afastada da vida pública há dois anos, sobrinha de Marine e neta de Jean Marie, decidiu criar uma escola para formar políticos ultraconservadores do futuro. Um local onde os franceses de direita radicais, incluindo populistas xenófobos, poderão se expressar livremente, expandir sua bagagem intelectual, discutir estratégias e políticas de governo e, principalmente, articular um discurso ideológico estruturado e coerente, capaz de atrair um número maior de simpatizantes decepcionados com a direita tradicional.
Le Figaro não tem dúvida que a escola será uma alavanca para o retorno da jovem ex-deputada ao cenário político, embora Marion não assuma objetivos para as próximas eleições francesas, em 2022.
A neta do fundador da Frente Nacional (FN) é muito popular entre os militantes de extrema-direita, mais do que a tia Marine Le Pen, brigada com o pai, que preferiu formar a neta para ser sua herdeira política. Marion tem um futuro político promissor num contexto de divisões do partido conservador Os Republicanos, reduzido a frangalhos, assim como a esquerda socialista, depois do fenômeno Macron.
Na região metropolitana de Lyon, Marion conta com uma sólida rede de simpatizantes e políticos da Frente Nacional posicionados em cargos municipais e regionais. A cidade, de perfil eleitoral “progressista”, votou em Emmanuel Macron em 2017, mas também abriga um núcleo de eleitores conservadores católicos, tradicionalistas, com potencial de crescimento. É nesse nicho que Marion aposta.
A nova escola de administração Issep não é a única no gênero no país. Desde 2004, Paris conta com o Instituto de Formação Política (IFP), destinado ao fortalecimento intelectual de simpatizantes de todas as sensibilidades da direita: liberal, conservadora, monarquista e identitária. Em 1990, o monarquista Philippe de Villiers criou o Instituto Católico de Vendée (Ices), também voltado às ciências humanas e sociais.
Em julho próximo, será a vez dos macronistas abrirem as portas do Instituto de Formação da República em Marcha, o partido do presidente de centro liberal.
Fonte: agências de notícias
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