O Coronavírus ou Covid-19, é uma pandemia que criou uma crise na saúde pública do mundo, revelando ao mesmo tempo as debilidades da humanidade ante um fato catastrófico da natureza. Estas debilidades, sobretudo sanitárias, historicamente não foram resolvidas pelas entidades das quais dependemos como cidadãos, quer dizer: o Estado. Esta instituição social mais do que proteger a saúde social das pessoas, protege a saúde econômica, no local, senão internacional dos países! Portanto, não responde a seu próprio povo, mas a organismos econômicos internacionais, que são os que controlam a economia mundial. Isto explica, por exemplo, a tomada de medidas fracas ou nulas de parte do governo chileno ante a proteção de seus cidadãos e cidadãs, entendendo a seus cidadãos como os trabalhadores, estudantes, civis, etc.
Ante esta situação dizemos: Não te rendas companheiro, companheira e companheire! Somos nós que temos que dar resposta a nossas necessidades: acudamos às assembleias territoriais, se não existem, levantemo-las. Organizemos sindicatos em nossos lugares de trabalho, não permitamos que sigam dando-nos um lugar vulnerável, não permitamos que o Estado siga precarizando nossa vida e nossa luta, está em nós salvar nossas próprias vidas, só o apoio mútuo e de classe nos dará um novo amanhecer. Aí onde o capitalismo, expressado no Estado chileno atual, diz que há que tomar medidas econômicas antes que solucionar o histórico problema de saúde pública do país, nós como anarquistas dizemos calma, solidariedade e fraternidade entre todos e todas. A melhor solução para enfrentar uma crise aprofundada pelo capitalismo é terminar com a metafísica individualista deste e chamar o apoio mútuo das pessoas. O apoio mútuo permite demonstrar às pessoas que em atos de emergência elas mesmas podem criar suas soluções antes que esperar medidas estatais, as quais, mais do que proteger a população buscam controlá-la, pois sabem que como instituição foram deficientes e não querem que seja notado. Essa é sua maneira política bastante calculada, também, ante os meios de comunicação oficiais.
O Estado de exceção decretado pelo governo não é mais que uma medida que exemplifica tudo isto, os militares, mais que ajudar a população tem como objetivo defender o capital dos saques e proteger a propriedade privada dos capitalistas. O Estado mais que temer a pandemia, teme a seus próprios cidadãos, não os chama a apoiar-se a si mesmos, mas a isolar-se e a cair cada vez mais na armadilha do shock. Por isto dizemos: Não te rendas nunca! Que viva a anarquia, o amor, a solidariedade e a fraternidade! Que viva o apoio mútuo! Que viva o povo trabalhador!
Sindicato de Ofícios Vários de Santiago
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
O bambu não cansa,
o ano inteiro
na mesma dança.
Fabiano Vidal
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!