9 de julho de 2021
Aos meios de comunicação
Aos meios livres, alternativos, independentes ou como se chamem
Aos centros de Direitos Humanos
Por este meio queremos fazer pública e externalizar nossa preocupação pelo abuso e uma série de ameaças de morte que recebemos no Café “Zapata Vive”, na manhã de 9 de julho de 2021. Este é um atentado direto a um espaço de resistência dentro da Cidade do México, que caminha com os diferentes movimentos e que desenvolve uma atividade política, social e cultural neste lugar em rebeldia.
Responsabilizamos as autoridades da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, chefe de governo e Alfonso Suárez del Real, secretário de governo, pois estes acontecimentos deixam em risco e vulnerabilidade a quem integramos este projeto. Sabemos que somos um lugar que causa incômodo para este governo. Por isso, exigimos que parem as ameaças, venham de onde venham, de nível local ou federal.
Particularmente queremos mencionar que os agressores afirmam que “vestirão o Café Zapata Vive de preto”, dizem que “farão chegar um presente à cafeteria”, além de assinalar que “já estão perto de meus homens”.
Não é a primeira vez que recebemos ameaças, hostilidades e perseguição. Ressaltamos que em outras ocasiões, fomos amedrontados para que o espaço pare com suas atividades. É inconveniente para os diferentes governos que na cidade existam espaços onde se gera a organização e a coletividade. É um duplo discurso o que se manipula pelo governo de Sheinbaum, que diz cuidar dos espaços culturais.
Estes acontecimentos nos confirmam o que dizemos em repetidas ocasiões: Nada mudou no governo atual. Segue utilizando as velhas práticas priistas, ainda que se vistam de MORENA. O uso de grupos criminosos para frear aos movimentos é uma das tradições que continuam.
Fazemos um chamado à sociedade civil para que se some à nossa exigência de respeito aos modos, formas de organização e luta que levamos; exigimos segurança para nosso espaço e para quem trabalha aqui.
Assim mesmo, fazemos um chamado ao movimento social abaixo e à esquerda que nos acompanha, com quem somos irmãos em luta, para que também levantem sua voz diante estes atos de impunidade.
Sabemos que não estamos sozinhas nem sozinhos, pois existem pessoas que encontram no Café “Zapata Vive” um lugar para construir e caminhar.
Atenciosamente,
Não nos vendemos, não nos rendemos, não arregamos.
Café Zapata Vive
Tradução > Caninana
agência de notícias anarquistas-ana
Num banco de praça
a sombra de um velho assombra
o vento que passa.
Luciano Maia
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!