Quando: Domingo, 1° de Maio | Horário: 15 horas | Onde: Minhocão, acesso ao lado metrô Santa Cecília.
O dia 1° de maio é conhecido internacionalmente como “o dia do trabalhador”.
A data foi escolhida em memória dos cinco anarquistas que foram condenados à forca, injustamente acusados de terem atirado uma bomba em uma das manifestações públicas durante a greve geral pela redução da jornada de trabalho, realizada em Chicago, no ano de 1886.
O enforcamento se deu em novembro de 1887.
Mas a morte desses anarquistas não foi em vão. Em solidariedade combativa, trabalhadores e trabalhadoras pararam a produção. Em 1890 a jornada de trabalho, que chegava a 16 horas por dia, foi reduzida para 8 horas, em Chicago e em outros cantos.
Em 1893, o governador de Illinois declarou a inocência dos sentenciados e o procedimento parcial do juiz e do júri.
Nesse dia de luto e de luta, nós, anarquistas, queremos manifestar nosso repúdio a todos aqueles que vivem da exploração do trabalho alheio e a todos os que dizem representar os trabalhadores nas instâncias de poder, domesticando a revolta e apartando o atrito entre o patrão e quem trabalha. Lembramos que a luta organizada da classe trabalhadora, sem a mediação de dirigências sindicais e de representantes políticos é a única capaz de transformar o mundo.
Mais de 100 anos depois da luta e morte dos trabalhadores de Chicago, permanecemos ainda sob o jugo da exploração capitalista. Entretanto, nos dias atuais, encaramos a nova máscara dessa exploração: a tecnologia que, sequestrada pelo capital, ao invés de garantir o ócio bom, vem eliminando empregos e direitos conquistados pela organização de trabalhadores e trabalhadoras.
Impõe-se urgentemente retomar o processo associativo em torno de sindicatos, associações e cooperativas que não sejam correias de transmissão dos interesses de partidos políticos. Além disso, criar territórios de luta e de cultura, baseados na ação direta e na solidariedade, exercendo a liberdade coletiva e revolta.
CANÇÃO DO PRIMEIRO DE MAIO
(Grupo Organizado de Teatro Aguacero – GOTA)
Dia primeiro de maio não é dia do trabalho / Dia primeiro de maio é dia de quem trabalha / Não é dia de serão, hoje é dia de sarau / Vou levar meu violão, pega lá teu berimbau / Dia primeiro de maio não é dia do trabalho / Dia primeiro de maio é dia de quem trabalha / Mais do que um dia de luto, mais do que um feriado / Esse é um dia de luta contra o capital e o Estado / Dia primeiro de maio não é dia do trabalho / Dia primeiro de maio é dia de quem trabalha / Dia de erguer a cabeça, de mostrar sangue nos zóio / É dia da resistência socialista libertária / Dia primeiro de maio não é dia do trabalho / Dia primeiro de maio é dia de quem trabalha / Dia de organização, vamo lá companheirada / Fecha o punho e ergue a mão, sai cantando pela estrada / Dia primeiro de maio não é dia do trabalho / Dia primeiro de maio é dia de quem trabalha
“E agora a todos eu digo: Não vacile. Desnudar as desigualdades do capitalismo; expor a escravidão da lei; proclamar a tirania do governo; denunciar a ganância, a crueldade, as abominações da classe privilegiada que se revoltam e se deleitam com o trabalho de seus escravos assalariados.” – Albert Parsons, dias antes do seu enforcamento.
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agência de notícias anarquistas-ana
folhas ao vento
é outono
pássaros perseguem as folhas
Sérvio Lima
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!