Para terminar 2022, fomos de encontro aos novos trilhos do cooperativismo e da economia solidária a propósito do 1.º Fórum das Cooperativas Integrais, o que levou a revisitar o comunitarismo do nosso mundo rural, em torno das “conversas com gentes da terra” nas aldeias e baldios da Serra d’Arga. Uma vez mais ecoa nas nossas páginas o exasperar migrante com o relato de uma médica portuguesa, na fronteira da Sérvia com a Hungria. E no que igualmente toca aos direitos humanos, insistimos em publicar na primeira pessoa cartas de presas das cárceres portuguesas. E porque a habitação é um campo de batalha, falamos da resistência aos despejos no bairro do 2º Torrão (Almada) e dos movimentos em Lisboa pelo direito à habitação.
Das ruas da capital conta-se ainda a história das “Manas”, pessoas utilizadoras de drogas, migrantes, trabalhadoras sexuais ou moradoras de rua, que se reúnem em coletivo rompendo contra a sua invisibilidade. De outras temáticas se faz ainda este MAPA, escrevendo Joana Martins, enquanto antropóloga, feminista, pagã e bruxa, sobre o neopaganismo em Portugal. Há ainda espaço para uma crônica sobre o delírio e as ilusões coletivas da mais recente edição do Web Summit e para os testemunhos da guerra e da migração recolhidos num encontro de ativistas europeus. Entre propostas de leituras diversas, assinalamos o documentário “As Brigadas Revolucionárias na Luta Contra a Ditadura (1971-1974)”. Sem deixar de fora apontamentos às escolas ocupadas em Novembro reivindicando o fim dos combustíveis fósseis, entre outras matérias mais que poderão ser lidas nesta edição do Jornal MAPA.
Esta edição encerra uma década de Jornal MAPA, um projeto de informação crítica que nasceu em 2012 durante o ciclo de crise social e econômica iniciado em 2008 e se mostra pronto para novamente ligar pontos no mapa durante a próxima crise que se avizinha.
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agência de notícias anarquistas-ana
tomando banho só
no riacho escondido –
cantos de bem-te-vis
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!