No passado dia 8 de dezembro terminou o congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), em que a CNT-AIT está filiada com o resto das organizações internacionais do sindicalismo revolucionário. Um congresso que permite a entrada num novo patamar, que será para a Internacional o desafio de ampliar a sua presença num mundo que atravessa tempos conturbados que afligem toda a classe trabalhadora.
Durante o congresso ficou patente a consolidação de aspectos organizativos que são fundamentais para melhorar o funcionamento interno de forma a reverter numa ação mais coordenada. Grande parte dos esforços do congresso se centraram na coordenação da ação sindical das federações autônomas associadas. Vale a pena destacar o interesse em manter uma rede de trabalho coordenado por ramos de produção.
A expansão continua sendo um tema principal que se analisa continuamente, sobressaindo desta vez a orientação para a Ásia Oriental, com o objetivo de melhorar os contatos já estabelecidos e levar as ideias anarcosindicalistas aonde ainda não exista presença da AIT. O incremento na Ásia da atividade sindical de base, à margem dos sindicatos tradicionais, de perfil vertical, ligados a governos e partidos, sendo a China o seu maior expoente, aumenta o interesse da Internacional em desenvolver estratégias próprias de afirmação nessa região.
Do mesmo modo analisou-se a conflitualidade da atual exploração capitalista no campo, onde se produzem confrontos sérios entre o trabalho e o capital, denunciando a partir de critérios anarcosindicalistas a especulação financeira dos produtos alimentícios, que leva à pauperização da população mundial. Constata-se um paulatino aumento de projetos libertários, indígenas, etc., autogestionários, o que, na ótica do comunismo libertário, facilita a inter-relação entre as iniciativas da produção e o consumo.
O interesse que suscita a AIT em diferentes países ficou patente com a incorporação como Amigos da AIT da FAS austríaca e da STA da Bulgária. Por outro lado, a ASF australiana, coincidindo com a sua atividade sindical mais dinâmica, deixa de ser Amiga da AIT para se converter em Seção de pleno direito.
Não menos importante foi o trabalho impecável de organização que foi levado a cabo pelo sindicato anfitrião, a CNT-Valência, permitindo um ótimo desenrolar do congresso. Assim, também foram organizadas umas jornadas culturais internacionais centradas em temas relacionados coma atividade da Internacional, que serviram de impulso ao congresso. Trataram-se, entre outros, de temas como a repressão ou a imigração procedente dos países pobres através das prisões encobertas chamadas de Centro de Internamento de Estrangeiros (CIE), as diversas reformas econômicas e laborais dos últimos anos na Alemanha ou a recuperação de empresas e iniciativas autogestionárias nos tempos de crise econômica na Argentina. Também esteve exposta uma interessante coleção de cartazes históricos.
A Seção Polaca ZSP recolhe agora o testemunho do Secretariado da Internacional, ficando com a árdua tarefa de continuar com a expansão do sindicalismo revolucionário e a coordenação das lutas das diferentes Seções.
Secretariado permanente do Comitê Confederal da CNT.
Galeria de imagens:
http://cnt.es/noticias/xxv-congreso-de-la-ait-un-paso-m%C3%A1s-del-anarcosindicalismo-internacional
Notícia relacionada:
http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2013/11/30/espanha-a-ait-celebrara-em-valencia-seu-xxv-congresso/
agência de notícias anarquistas-ana
pequenos dedos
das gotas de chuva
massageiam a terra
Carlos Seabra
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...