A muito jovem editora BPM, que “se propõe a criar um espaço editorial propício a uma reflexão sobre as conexões entre a questão política e a música, em todas as suas formas”, lançou uma estimulante fogueira assinada por Jim Donaghey, punk e também pesquisador em ciências sociais.
Punk e anarquismo, nada poderia ser mais óbvio para alguns(umas). Anarquia no Reino Unido pelos Sex Pistols, lançado no final de 1976, é tradicionalmente considerada a certidão de nascimento (oficial) do punk. E, no entanto, se você ouvir (ou ler) as letras mais de perto, a “visão” do anarquismo que é entregue ali é uma caricatura e não tem nada a ver com práticas libertárias. Da mesma forma, o título, Bakunin Vodka, refere-se a uma frase de Penny Rimbaud, baterista da banda Crass – um coletivo punk com práticas libertárias reivindicadas, precursor do anarcopunk – que, a propósito do anarquismo, disse certa vez: “Se alguém tivesse nos falado sobre Bakunin, provavelmente teríamos pensado que era uma marca de vodka”.
Será esta a derradeira provocação punk ou uma admissão da distância entre punks e anarquismo?
Sem dúvida, havia ambos nessa boa palavra. Mas Jim Donaghey, embora reconheça a ignorância das bases ideológicas do anarquismo entre os primeiros punks, reconhece que eles praticavam um “anarquismo primitivo”.
É, portanto, em busca desse “anarquismo punk” que o autor nos convida em uma curta, mas rica em referências, exploração das ligações entre punk e anarquismo no período 1976-1980. Uma viagem em cinco partes: estratégia de choque, ressaca hippie, anarquismo oposicionista, necessidade prática e crítica ao Estado, em que Proudhon, Murray Bookchin, The Clash, D.O.A. e os Dead Kennedys se encontram.
Sem tentar ver por trás de cada punk um anarquista, Jim Donaghey está interessado nos pontos de convergência. Há uma óbvia, a cultura DIY (Do It Yourself), fortemente popularizada pelas bandas punk, “não é uma expressão inovadora da autogestão libertária e do controle dos meios de produção por aqueles que produzem?
David (UCL Savoies)
- Jim Donaghey, Vodka Bakunin. Punk e Anarquismo (tradução de Doroteja Gajić e Julien Bordier), BPM Editions, abril de 2024, 112 páginas, 8 euros
Fonte: https://www.unioncommunistelibertaire.org/?Lire-Jim-Donaghey-Bakounine-Vodka-punk-et-anarchisme
agência de notícias anarquistas-ana
No dedão vermelho
Lateja meu coração —
Ferrão de abelha
Neiva Pavesi
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…