[Chile] Entrevista ao Coletivo Awana, agrupação de mulheres organizadas da Selva amazônica do Equador

Por La Zarzamora.

Nesta quinta-feira passada, 26 de setembro, entrevistamos Gabriela Garcés, de 24 anos, pertencente à organização Pakiru do povoado Quichua e também integrante do coletivo Awana. Esta agrupação atualmente se encontra na Amazônia, especificamente na comunidade de Unión Base, Equador.

Foi na comunidade de Unión Base, por volta de 2019 que se cria entre cinco mulheres a iniciativa Awana que significa ”construindo” ou ”tecendo”. Este coletivo surge faz quatro anos principalmente pela necessidade econômica de sustentar os lares de cada família. Na atualidade são por volta de 22 mulheres.

O coletivo foca em três eixos de trabalho, cultural, econômico e a vida em harmonia com a Natureza; neste último eixo, Gabriela nos comenta que são conscientes da problemática da contaminação. O coletivo oferece serviço de refeições desde uma visão Amazônica, com produtos orgânicos, diretos das comunidades para elaborar comidas do território. Propõem uma economia local, já que vão às hortas ou chácaras das mesmas mulheres da localidade para apoiarem-se mutuamente.

Desde o eixo cultural, usam colares inspirados na natureza, elaborados pelas mesmas mulheres artesãs da comunidade.

Perguntamos a Gabriela o que significava para ela pertencer à comunidade de Unión Base e nos comentou que:

“Ser parte de Unión Base, ser parte de uma nacionalidade, ter uma cultura e uma identidade é bastante importante para mim como Jovem neste tempo”. Eu estudei em três colégios, e muitas vezes eu sentia vergonha de dizer que sou indígena e que vivo em uma comunidade, mas, no transcurso do tempo vais entendendo que a luta de nossos avôs e nossas avós, a luta pela terra e pela identidade, porque há que levar em conta que naqueles anos atrás eram bastante discriminados (…) até agora estou muito orgulhosa de minhas raízes, de minha terra Unión Base que como dizia é uma terra de gente valente, de gente de muitas histórias, aqui foi como o início da primeira marcha para Quito, para a Capital, por seus territórios, justamente lutando por sua terra e por sua identidade. Então eu estou muito orgulhosa, muito feliz de pertencer a isto, à comunidade de Unión Base e de ser uma mulher indígena Quichua.”

>> Para escutar a entrevista completa entre em:

https://archive.org/details/entrevistas-a-colectiva-awana

Fonte: https://lazarzamora.cl/?p=13082

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Coruja voa
Espreitando o rato
Que passeia só.

Ze de Bonifácio

Leave a Reply