
Neste 1º de maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, a CNT participou de mobilizações em dezenas de cidades da Espanha com uma mensagem forte: diante da precariedade, da repressão e do descrédito do sindicalismo institucional, a resposta está na organização direta desde baixo.
Este ano, o slogan da confederação foi “Que trabalhem eles. Por um emprego que não nos roube a vida” e, nesse espírito de protesto, milhares de pessoas foram às ruas em todo o país, convocadas pela CNT para exigir um modelo sindical alternativo, sem subsídios, sem liberados, sem hierarquias. As manifestações, que ocorreram em uma atmosfera combativa e festiva em partes iguais, destacaram a urgência de defender os direitos trabalhistas desde as bases, sem intermediários ou pactos com os detentores do poder.
Em cidades como Madri, Barcelona, Granada e Bilbao, o comparecimento foi notável, com colunas compactas e uma atmosfera claramente de protesto. Esses atos demonstraram não apenas a capacidade de mobilização do sindicato, mas também seu crescimento sustentado em termos de filiação e presença territorial. Longe de ser um ator marginal, a CNT está provando ser uma referência viva e crescente para setores cada vez mais amplos da classe trabalhadora.
Durante os concentrações e atos subsequentes, os sindicatos denunciaram o aumento da precariedade laboral, a cronificação da pobreza, a criminalização dos protestos e a negligência das instituições pelas classes trabalhadoras. Também foi prestada homenagem à memória dos trabalhadores, com referências às origens do Primeiro de Maio e às lutas históricas do movimento anarcossindicalista.
Além das marchas, em muitos territórios o dia incluiu atividades culturais, projeções, refeições populares e reuniões entre militantes, em um claro compromisso com o fortalecimento do tecido comunitário e a construção de uma alternativa real baseada no apoio mútuo e na solidariedade.
Longe das grandes manchetes, a CNT mais uma vez nos lembrou que o Primeiro de Maio não é um feriado, mas um dia de luta. E fez isso com a coerência daqueles que, mais de um século depois, ainda estão comprometidos com a transformação da sociedade por meio da ação direta e da autogestão.
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agência de notícias anarquistas-ana
Outono –
as folhas caem
de sono
Cláudio Fontalan
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…