
O mundo está cada vez mais mergulhado na devastação da guerra. Os estados da União Europeia iniciaram planos de rearmamento para adquirir equipamentos pesados, armamentos e estoques de munição. Paralelamente, preparam-se para aumentar as fileiras dos exércitos, tentando recrutar as jovens gerações propagando a ideologia militarista nas escolas e na sociedade, apresentando a carreira militar como uma alternativa ao desemprego e à precariedade, e reintroduzindo o serviço militar obrigatório em países onde ele havia sido abolido ou suspenso.
No início de maio, o estado de Israel iniciou uma nova fase da guerra genocida em Gaza, que tem como objetivos declarados a deportação em massa e a ocupação, enquanto intensifica o cerco militar na Cisjordânia. Nesses mesmos dias, o conflito entre Índia e Paquistão escalou para um confronto direto entre dois estados nucleares. O governo nacionalista, autoritário e racista de Modi tem o apoio, além dos EUA, também da Itália, que mantém com a Índia um comércio de armas do qual lucram os donos da indústria bélica.
Enquanto isso, apesar da retórica dos governantes, o massacre da guerra russo-ucraniana continua há mais de três anos. A Itália faz parte desse conflito, enviando tropas, veículos e aviões para o Leste Europeu. O governo italiano confirmou recentemente essas missões, destinando também um importante contingente militar para intervenção rápida, pronto para ser utilizado a critério do executivo.
O aumento dos gastos militares em nível global terá impacto no mercado financeiro e provocará a escassez de capital disponível para as chamadas políticas de desenvolvimento nos países mais pobres, além de criar uma crise de dívida com consequências gravíssimas, resultando em cortes de serviços e salários. Até os fundos de pensão investem na indústria de armas, um claro exemplo de como tudo isso afeta nossas vidas.
Os serviços de inteligência de vários países europeus continuam a alertar sobre um possível ataque da Rússia à UE até 2030. Esses anúncios contribuem significativamente para nos acostumar com a perspectiva da guerra, facilitando a aceitação, pelas classes populares, dos cortes decorrentes do aumento dos gastos militares.
Diante da escalada bélica, é preciso multiplicar o compromisso antimilitarista, contra todos os exércitos, contra a indústria bélica, contra todos os imperialismos e nacionalismos. Nessa perspectiva, é importante fortalecer as redes de solidariedade ativa em nível internacional e apoiar aqueles que, em todas as frentes, desertam ou se recusam a participar dos massacres.
Nas próximas semanas, será importante participar do bloco libertário da manifestação de 31 de maio em La Spezia contra a indústria bélica e promover iniciativas antimilitaristas em todos os territórios, começando pelo dia de luta de 2 de junho, convocado pela Assembleia Antimilitarista, e pelos dias de ação contra a OTAN, organizados pela IFA (Internacional das Federações Anarquistas) de 24 a 26 de junho, simultaneamente ao encontro da OTAN em Haia.
Fonte: https://umanitanova.org/fermiamo-il-riarmo-smantelliamo-gli-eserciti-antimilitarismo-sempre/
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
Cerejeira silvestre –
Sobre o regato se move
Uma roda d’água.
Kawai Chigetsu
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…