Saberes Anarquistas

Já existem muitos doutores anarquistas. Pesquisadores e pesquisadoras que passaram pelas universidades, que mergulharam nos livros, que fizeram da crítica uma ferramenta e da pesquisa um modo de resistência.

Mas e se a gente usasse tudo isso para criar outra coisa?

E se, em vez de tentar reformar o que já está apodrecido, a gente colocasse energia em fundar espaços de formação popular, com outros critérios, outras formas de ensinar e aprender?

Uma universidade sem hierarquia, sem vestibular, sem meritocracia.

Que nasça das ruas, das cozinhas, dos quintais, das vivências, não dos editais.

Que reconheça o saber de quem planta, cuida, dança, costura, resiste.

Que tenha corpo, afeto, autonomia e partilha como fundamentos.

Já tem muita gente fazendo.

Nos cursinhos livres, nas ocupações, nos territórios que ensinam sem pedir licença.

Esse texto é só um lembrete.

Podemos criar nossa própria universidade popular, autogerida, viva.

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entre flores velhas
o som da abelha
treme flores novas…

Luiz Gustavo Pires

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