
por Eduardo Montagut | 18/06/2025
Em 1º de fevereiro de 1921, o jornal El Socialista prestou homenagem, em sua primeira página, à figura de Piotr Kropotkin, “príncipe, escritor e revolucionário russo”. Relembramos o que o jornal relatou sobre sua vida e obra, no centenário da morte dessa personagem fundamental.
O jornal revisava sua trajetória desde o nascimento em Moscou, no ano de 1842, em uma família da nobreza. Após realizar brilhantes estudos na escola de pajens de São Petersburgo, passou a servir no exército da Sibéria, destacando-se no serviço. Depois da insurreição na Polônia, abandonou a carreira militar e se dedicou à ciência, exercendo o cargo de secretário de uma Seção da Sociedade Geográfica.
Em 1872, durante uma viagem pela Suíça e Alemanha, decidiu ingressar na Internacional. Ao retornar à Rússia, entregou-se com entusiasmo à propaganda. Foi preso em 1874, julgado e condenado a vários anos de prisão, mas conseguiu escapar. Mudou-se para a Inglaterra e Suíça, onde viveria por muitos anos. O jornal socialista afirmava que, a partir da Suíça, assumiu a direção do movimento anarquista, fundando e dirigindo o jornal La Révolté. Como foi expulso do país helvético, passou a residir na França. Foi processado em consequência do atentado na praça Bellecour e condenado, em 1883, a cinco anos de prisão e a uma multa de dois mil francos. Foi indultado em 1886, decidindo retornar à Inglaterra. Viveu nos arredores de Londres até a eclosão da Revolução Russa. Mudou-se para Dimitrov, onde faleceu.
El Socialista afirmava que ele fora um eminente teórico “e uma das figuras mais relevantes da escola utopista”. Era um homem pacífico, muito trabalhador e afável, o que lhe granjeou muitos amigos e admiradores em todos os “partidos avançados” da Europa. Também dizia que Kropotkin tinha especial afeição pela Espanha, cujo movimento operário conhecia bem.
O jornal destacava, entre suas numerosas obras: Palavras de Rebeldia (1885), As Prisões da Rússia e da França (1890), A Conquista do Pão (1892), A Grande Revolução (1893), A Anarquia, sua Filosofia e seu Ideal (1896) e, sobretudo, Memórias de um Revolucionário, considerada um modelo de autobiografia. Conforme informado, Kropotkin estava preparando uma obra sobre a Revolução, a qual apoiava, embora discordasse dos métodos empregados pelos que estavam no poder.
Consultamos a edição nº 3737 de El Socialista.
Fonte: https://www.entreletras.eu/temas/el-homenaje-socialista-espanol-a-kropotkin/
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
a luz do poente
escala a alta montanha;
no cume será a noite.
Alaor Chaves
entra neste site: www.imprimaanarquia.com.br
Parabéns, camarada Liberto! O pessoal da Ana poderia informar como adquirir a obra. Obrigada!
Obrigado pela traduçao
Oiapoque/AP, 28 de maio de 2025. De Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque – CCPIO CARTA DE REPÚDIO…
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