
Convocamos para a marcha pela revolta do Politécnico.
Pré-concentração em Dompoli segunda-feira, 17 de novembro, às 18h.
Estado e capital, os únicos terroristas
Certamente não vivemos na época da junta militar, mas vivemos a junta militar da nossa época. Desvendando o fio da história, encontramos padrões comuns, condições totalitárias recorrentes e atemporais. Em contraste com a narrativa dominante da direita sobre a transição do regime da junta para o parlamentarismo, e também com a instrumentalização do Politécnico por uma parte significativa da esquerda, nós entendemos o Politécnico como uma fissura na normalidade. Como uma rebelião.
Interpretando o clima político internacional da época, havia uma forte política de Guerra Fria, da qual a Grécia não ficou imune. A junta dos coronéis foi resultado do medo da “ameaça comunista” e do “inimigo interno”, que era perpetuado pelas décadas anteriores. A natureza autoritária do regime não era um fenômeno sem precedentes para a Grécia dos anos 70, pois desde o período pós-guerra civil as mesmas práticas de repressão eram utilizadas: torturas, sequestros, prisões, assassinatos, delação, censura. As condições acima atuam como um catalisador para desencadear uma revolta de baixo para cima com características multiformes e propostas antifascistas, antiestatais, anticapitalistas e anti-imperialistas.
A narrativa dominante, com o consentimento da esquerda, escolheu conscientemente apagar da memória coletiva os elementos combativos da revolta, pois seus conteúdos e ideais políticos permanecem atuais e perigosos. O Estado e o capital, independentemente da máscara – ditadura/democracia – causam a miséria e a desvalorização de todos os aspectos da vida. Os ritmos do capitalismo moderno movem-se ao som dos tambores de guerra que ressoam globalmente em perfeita harmonia com a repressão interna exigida pela preparação bélica. Por todas essas razões, a revolta do Politécnico continua a ser para nós uma fonte de inspiração e não um obituário comemorativo.
Dentro deste horror, você inverte os dados do tempo, passando triunfalmente pelos portões da minha memória. Eu me lembro de você, no meio desse horror. Fumaça e lágrimas, muco, gás lacrimogêneo e feridas, tosse e blasfêmias. Disparam gás lacrimogêneo de última geração. Odeio o sol que nasce para todos.
Liberdade para a Palestina
KYRIAKOS XYMITIS UM DE NÓS
A REBELIÃO NÃO É UMA IMAGEM NAS NOTÍCIAS, NA RUA NASCEM CONSCIÊNCIAS
Ocupação Αντιβίωση
agência de notícias anarquistas-ana
No mato ao lado
um menino se masturba
fascinado.
Simão Pessoa
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.