Neste sábado, dia 28 de junho, houve o segundo ato “Nossa Copa é na rua”. Ele aconteceu de manhã em Copacabana, antes do jogo em que o Brasil quase ficou de fora da Copa do Mundo, ganhando nos pênaltis e no sufoco do Chile (infelizmente ainda não foi dessa vez…). Além de protestar contra a Copa do Mundo, a manifestação teve um outro objetivo: foi uma manifestação anti-homofobia, relembrando que no dia 28 de Junho de 1969, num bar chamado Stonewall, em Nova Iorque, um grupo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais revoltou-se e foi as ruas para denunciar as agressões que sofriam. Essa data histórica deu origem ao dia do orgulho LGBT.
A manifestação aconteceu na orla de Copacabana próxima ao Fifa Fan Fest. Foi um ato muito lúdico e colorido, digno de uma parada gay. As pessoas foram às ruas de forma divertida, mas combativa, para mostrar que as opressões na Copa do Mundo se acentuam em todos os sentidos. Sejam elas opressões de gênero, de sexualidade, de raça ou de classe.
Panfleto distribuído antes e durante o protesto:
Tem gente dizendo que ir às ruas durante a Copa é torcer contra o Brasil! É mole? É justamente o contrário. Todo mundo sabe que as empreiteiras, a Fifa, as empresas patrocinadoras e alguns políticos ganharam muito com a Copa. O povo ficou de fora. Por isso, nossa Copa vai ser na rua!
1 – Queremos Saúde, Educação e Transporte! Públicos, gratuitos e de qualidade! Os governos gastam bilhões com obras desnecessárias e a gente ainda sofre na fila do hospital.
2 – Segurança se faz com respeito e diálogo com o povo, não com violência e controle militar de comunidades pobres. Exigimos nosso direito de manifestação. Protesto não é crime!
3 – Futebol é o povão! Por um Maracanã público e popular, com ingressos baratos e setores sem cadeira.
4 – Lutamos pela democratização dos meios de comunicação. Queremos apoio à mídia independente e à comunicação popular. Hoje, quem manda são as empresas.
5 – A cidade é nossa! Exigimos moradia, saneamento, mobilidade e acesso à cultura! No campo, grandes empresas expulsam as famílias de suas terras. Reforma Agrária já!
6 – Queremos o fim das remoções forçadas de comunidades pobres em obras que só favorecem as empreiteiras. Pra Copa e pras Olimpíadas, foram milhares de famílias expulsas de suas casas no Rio. Moradia digna é um direito!
7 – Racismo, machismo, homofobia? Não! Chega de intolerância, exploração sexual, violência contra as mulheres, discriminação… Nossos corpos não são mercadoria.
8 – Todo apoio às greves e à luta dos trabalhadores! Pela readmissão dos metroviários de São Paulo! Contra a perseguição aos educadores em greve no Rio de Janeiro!
Além de todas as bandeiras de luta do movimento Copa na Rua, queremos também o fim da homofobia no futebol!
No dia 28, vamos às ruas gritar contra a homo.lesbo.bi.transfobia!
O dia 28 de Junho é uma data marcante para as pessoas LGBT. Foi quando, 45 anos atrás, em um bar chamado Stonewall, em Nova Iorque, um grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, mas principalmente Travestis e Transexuais, cansadxs de serem humilhadxs pelas paradas policiais nesse bar, revoltou-se e foi para as ruas para denunciar as diversas agressões que estava sofrendo. Também mostrou que não precisava ficar escondidx dentro de um bar, pois não tinha vergonha de ser LGBT. Este dia ficou marcado como o dia do ORGULHO LGBT. No contexto da Copa de Mundo, milhares de pessoas LGBT da população mais pobre, além de sofrerem com as precarizações na saúde, educação, moradia e transporte, também são secundarizadxs em investimento, na priorização do governo em bancar uma Copa para os ricos, deixando de lado as reais políticas públicas de combate as opressões.
Da Copa eu abro mão, eu quero investimento para combate à opressão!
Autogestão.org
agência de notícias anarquistas-ana
Está chovendo? Não
bichos-da-seda comendo
as folhas, tão ávidos.
H. Masuda Goga
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...