[Espanha] O Tribunal Constitucional rejeita o recurso de amparo a Las 6 de La Suiza

Em 13 de novembro passado, o Tribunal Constitucional rejeitou nosso recurso de amparo no caso de ‘Las 6 de La Suiza’, alegando que não cumpria com o requisito de “especial transcendência constitucional”. Embora esta decisão fosse esperada, seguiremos lutando pela liberdade de nossas companheiras.

Por que se rejeitou o recurso?

A Lei Orgânica do Tribunal Constitucional estabelece que, para admitir um recurso de amparo, este deve ter uma especial transcendência constitucional. Este critério, muito subjetivo, foi utilizado em 76% dos casos rejeitados em 2022. Em nosso caso, o Tribunal Constitucional simplesmente concluiu que nosso recurso não cumpria este requisito sem oferecer maiores explicações.

Quais são os próximos passos?

Tribunal de Estrasburgo: Apesar das dificuldades, apresentaremos nosso caso ante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Para isso, tínhamos que esgotar primeiro a via nacional, que agora cumprimos.

Execução da sentença: Seguiremos lutando para evitar que nossas companheiras ingressem na prisão. Solicitaremos a suspensão da pena, argumentando suas raízes sociais e o nível reduzido das penas.

Por que é tão difícil obter justiça neste caso?

O sistema judicial apresenta numerosos obstáculos. Os requisitos para acessar o Tribunal Constitucional são muito restritivos, e o Tribunal de Estrasburgo também recebe uma grande quantidade de casos. No entanto, seguiremos explorando todas as vias legais possíveis para conseguir a absolvição de nossas companheiras e defender o direito ao protesto social.

cnt.es

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Sombra de árvore –
Até mesmo a companhia de uma borboleta
É karma de uma vida anterior.

Issa

Ao Movimento Anarquista Internacional: Três Propostas de Segurança

Este texto é dedicado ao movimento anarquista internacional, que entendemos como a soma dos indivíduos lutando por ideias anarquistas ao redor do mundo. Este movimento está em conflito com seus inimigos naturais — o Estado, grupos fascistas, e afins — e deve proteger a si mesmo se pretende sobreviver ao conflito. Neste texto, apresentamos três propostas para que o movimento anarquista reflita nos próximos anos, para permitir que anarquistas continuem atacando enquanto limitam suas chances de serem pegos.

  1. Compartilhe conhecimento internacionalmente

Nossos inimigos se organizam internacionalmente através da cooperação entre a polícia e agências de inteligência e novos desenvolvimentos científicos e tecnológicos — o contínuo aumento da precisão da ciência forense de DNA e a proliferação de drones sendo apenas dois exemplos. Isso significa que uma técnica repressiva usada em um país pode rapidamente aparecer em outro onde até então não era aplicada. Também significa que uma contramedida efetiva usada por anarquistas em um país pode ser efetiva em outro. Nós devemos, portanto, compartilhar o conhecimento de técnicas repressivas e contramedidas em uma escopo internacional.

Idealmente, qualquer experiência de repressão ou experimentação com contramedidas que possam vir a ser de interesse de outres anarquistes deveriam ser anotadas, traduzidas em diversas línguas, e publicizadas. Quando anarquistes são preses e levades a julgamento, nós geralmente temos acesso a documentos que revelam como elus foram capturades: nós devemos explorar isso e publicar análises de tais documentos. Nós devemos experimentar com novas contramedidas, escrever e publicar relatos destes experimentos (exceto em casos onde o Estado possa vir a adaptar e enfraquecer a contramedida caso leia o relato). Nós devemos buscar coletar informação na fonte: leia manuais de treinamento da polícia, roube arquivos da polícia, analise vazamentos de dados de servidores da polícia.

Uma característica específica do movimento anarquista internacional é sua descentralização. Nós enxergamos isso não como uma fraqueza mas como uma força: além de prevenir as hierarquias inerentes a organizações centralizadas, dificulta que nossos inimigos nos persigam pois, ao atacar ume de nós, não são capazes de barrar o movimento como um todo. Entretanto, essa descentralização também dificulta que compartilhemos conhecimento além das fronteiras. Para superarmos isso, vemos duas opções: desenvolver laços informais com outres anarquistes em encontros como feiras anarquistas internacionais e outros eventos, e usando a Internet. Nós propomos o uso do No Trace Projet como plataforma para compartilhar o conhecimento que é adequado para ser compartilhado na Internet, não como substituto dos laços informais mas como um complemento útil para difundir informação além das redes informais já existentes.

>> Para ler o texto na íntegra, clique aqui:

https://www.notrace.how/pt-BR/blog/three-proposals/tres-propostas.html

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Assim como a vela
Mergulhada no silêncio
A peônia.

Kyoroku

Novo site da Impressora Anarquista

Visitem o novo site da Impressora Anarquista, editora de zines anarquistas e caseiros. Inscreva-se para receber as novidades e ganhar desconto na primeira compra. Assumimos a tarefa de colocar os zines da Editora Monstro dos Mares de volta em circulação. São centenas de títulos esperando para serem publicados novamente. No embalo das manifestações contra o regime 6×1, começamos pelo zine “Sobre o fenômeno dos trabalhos de merda” de David Graeber.

Se inscreva na nossa campanha de financiamento no Apoia-se para ajudar os zines anarquistas a circularem novamente por aí.

https://www.imprimaanarquia.com.br/

https://apoia.se/imprimaanarquia

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Grito de araponga –
É ela mesma que entrou
No mercado de flores!

Keijô Miyano

Janja defende exploração de petróleo na foz do Amazonas

A primeira-dama Janja da Silva defendeu a exploração de petróleo no bloco da margem equatorial, próxima à bacia da foz do Amazonas, na costa do Amapá, nesta quarta-feira (13/11), antes da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro.

Como o marido, o presidente Lula (PT), ela indicou que a exploração deve ser feita de forma responsável.

A extração, defendida pela Petrobras, é polêmica pela distância de cerca de 500 km do rio. No ano passado, o Ibama chegou a dar um parecer que impedia a iniciativa, que depois foi liberada pela AGU (Advocacia-Geral da União).

Lula sempre defendeu a exploração, embora vá em caminho contrário ao discurso de desenvolvimento sustentável do governo. A justificativa do Planalto, reverberada pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), é que, enquanto a transição energética não for feita, é preciso manter a exploração.

A extração pode prejudicar o bioma de toda a região. Estudos indicam que as construções e intervenções podem alterar a maré e até influenciar na fauna e na flora ao longo de todo o rio.

Fonte: agências de notícias

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No sonho do ipê
Uma flor solta esvai-se.
Só a sombra voa.

Roberto Zulai

Sob governo Lula 3, lucros-roubos dos bancos seguem nas alturas…

No primeiro semestre de 2024, os quatro maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) lucraram, juntos, R$ 54 bilhões, o que representa um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2023. E em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões.

“Roubar é roubar pobres. Quem rouba um ladrão tem 100 anos de perdão. É uma honra roubar um banco” – Lucio Urtubia (1931-2020), anarquista espanhol

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Mundo de orvalho,
não mais que um mundo de orvalho.
Só que, apesar disso…

Issa

Emma Goldman, sem papas na língua, sem rodeios

[Grécia] Para 17 de Novembro

O politécnico não foi uma festa, foi uma rebelião e luta de classes

  • Não esquecemos da Revolta do Politécnico de 17 de novembro de 1973 (Atenas, 14 a 18 de novembro) e os mortos daquela época. Não esquecemos os rebeldes de 16 de novembro em Patras e de 17 de novembro em Tessalônica.
  • Não esquecemos a existência dos anarquistas na Revolta do Politécnico e a atitude reformista de grande parte da esquerda. Não esquecemos a atitude revolucionária dos companheiros para conectar todas as raças entre si. Desafiando quem não queria os trabalhadores dentro do politécnico.
  • Não esquecemos as lutas dos dias anteriores e de todos os sete anos. Aqueles que lutaram, morreram e foram torturados durante os sete anos.
  • Não esquecemos as manifestações combativas que acontecem todos os anos por ocasião do “aniversário” da Revolta do Politécnico.
  • Não esquecemos a organização revolucionária 17 de Novembro, apesar das nossas divergências político-teóricas.
  • Não esquecemos o assassinato da operária Stamatina Kanellopoulou e do estudante Iakovos Koumis pela polícia em 16 de novembro de 1980, durante o “aniversário” da Revolta do Politécnico.
  • Não esquecemos o assassinato de Michalis Kaltezas, de 15 anos, em 17 de novembro de 1985, pelo policial Athanasios Melista. Os anarquistas ocupam a antiga faculdade de química e na manhã do dia 18 de novembro a polícia entra, reprime e prende 37 pessoas.

Nós também não esquecemos

  • A primeira tentativa de assassinato contra Umberto I da Itália em 17 de novembro de 1878 por um anarquista armado com uma faca. O rei sobreviveu com um pequeno ferimento na mão. Ele foi assassinado pelo anarquista Gaetano Bresci em 1900.
  • A execução por enforcamento dos anarquistas Spies, Engel, Fischer e Parsons em 17 de novembro de 1887.

Então, hoje, e sempre…

FOGO NO ESTADO!

17 de novembro nos encontrará nas ruas

PS: O texto é dedicado à memória de Michalis Kaltezas

Núcleo Anarquista “Clash”

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Apenas um pássaro
Companheiro do caminho
Pelo campo seco.

Senna

Pôster em memória de Kyriakos e em solidariedade com Marianna, Dimitra e os outros perseguidos ou acusados

Estes são os momentos em que grandes palavras parecem inadequadas e presunçosas, quando a vida, em toda a sua intensidade, nos faz perceber o quão curto nosso caminho pode ser. Quando nos manifestamos neste momento, esperamos oferecer empatia, solidariedade, talvez um pouco de consolo para aqueles que desejam.

São esses momentos que nos fazem dolorosamente conscientes de que a vida que escolhemos não é apenas intensa, exaustiva, perigosa e ao mesmo tempo bela, mas também efêmera. Quando uma pessoa com ideias revolucionárias morre lutando por elas, é importante refletir por um momento. Não acreditamos em mortes necessárias, danos colaterais ou martírio. Como anarquistas, lutamos pela vida, mesmo sabendo que, neste mundo, o privilégio de viver uma vida digna é reservado a poucos. E é também por isso que lutamos. O confronto com o poder muitas vezes nos parece tão abstrato no cotidiano, mesmo que tenha impacto nas menores ações e momentos. Perder uma pessoa no caminho que escolhemos é provavelmente um dos cenários mais terríveis que se pode imaginar. Nossos corações são abalados ao pensar na situação em que nossos camaradas se encontram, sua dor é inimaginável. Quando olhamos ao redor, no mundo de hoje, não é fácil encontrar esperança. Mas ainda assim, queremos lembrar quanta beleza existe nas experiências que vivemos, nas lutas que compartilhamos, nas novas e diferentes relações que estamos criando no caminho da revolução, da anarquia. São todos esses pequenos e grandes momentos que nos permitem seguir em frente.

Por Kyriakos, que morreu em uma explosão em um apartamento em Atenas no dia 31.10.24. Você não será esquecido.

Por Marianna, que foi ferida na explosão e presa. Mantenha-se forte, você não está sozinha.

Por Dimitra e outros camaradas presos e perseguidos. Liberdade e sorte para vocês!

Solidariedade e cumplicidade!

A n a r q u i s t a s

Tradução > Alma

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No Templo Horyuji
O perfume das orquídeas
Parece moderno.

Kyoshi

[Itália] Lançamento: “Queer e anarchia”

Queer e anarchia é uma coletânea heterogênea de textos que, indo do teórico ao pessoal, explora o potencial das interseções entre o anarquismo e as teorias queer, duas práticas de crítica e resistência ao sistema em todos os seus aspectos.

Abordando tópicos que vão da economia à deficiência, da política às relações interpessoais, não apenas as desigualdades sistêmicas são questionadas, mas também as práticas cotidianas de resistência e solidariedade são analisadas.

Queer e anarchia não é apenas um trabalho teórico, é uma jornada provocativa que estimula a reflexão e a ação; é um convite para refletir, experimentar e construir formas radicalmente diferentes de ver e vivenciar o mundo.

Queer e Anarchia

Por CB Daring, J. Rogue, Deric Shannon, Abbey Volcano

pág.336

18,00 €

www.quadernidipaola.it

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Rio seco
silêncio sob a ponte
apenas o vento.

Rodrigo de Almeida Siqueira

[Suíça] De Berna para Atenas! Kyriakos nunca será esquecido! Liberdade para todos!

Em 31 de outubro, nosso companheiro Kyriakos Xymitiris morreu em uma explosão em um apartamento em Ambelokipi, em Atenas. Outra companheira, Marianna, foi gravemente ferida no hospital e está nas mãos da polícia. Dois outros companheiros, Dimitra e outra pessoa, também foram presos. Entre outras coisas, eles são acusados de formar uma organização terrorista.

Enviamos toda a nossa força, amor e solidariedade aos amigos, companheiros, famílias e camaradas de armas dos mortos e presos. O Estado não conhece limites em sua perseguição às nossas ideias, nem se esquiva de assediar nossas famílias e amigos, mesmo que eles estejam em profundo luto. Nossa companheira Marianna, que está gravemente ferida no hospital, é repetidamente tentada a ser interrogada pelos policiais, embora isso seja ilegal.

O fascismo está em ascensão, o patriarcado está fazendo suas vítimas todos os dias, o regime racista de fronteiras na Europa está matando, as guerras estão ocorrendo em todos os lugares. Não temos escolha a não ser continuar lutando, e isso exigirá tudo de nós.

Especialmente em julgamentos de terrorismo, os policiais querem criminalizar nossos relacionamentos, querem nos isolar para que fiquemos sozinhos. Mas nossas redes, nossas amizades são nossa força e devemos cultivá-las e expandi-las ainda mais neste momento. Precisaremos delas, pois não será mais fácil.

Em memória de Kyriakos!

Liberdade para Marianna, Dimitra e a outra pessoa!

Aqueles que morrem na luta nunca morrem.

A n a r q u i s t a s

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Nem sequer três dias
este mundo vê passar –
Cerejeira em flor!

Ôshima Ryôta

[Espanha] Voluntários de dia, paramilitares de noite: Grupos neonazistas organizam patrulhas noturnas em Valência

Por Danilo Albin | 05/11/2024

Estão na obscuridade. Levam lanternas, alguns portam jalecos e todos compartilham as mensagens de ódio que propaga a ultradireita. Quando anoitece nas zonas afetadas pela DANA, os transeuntes podem dar de cara com as “patrulhas noturnas” montadas pelos mesmos grupos neofascistas que em horas do dia se vestem de voluntários contra o barro.

A denominada “Direção de Proteção e Segurança” (DPS) do partido neofascista Espanha 2000 defende desde muito tempo que seus militantes devem preparar-se para a “guerra nas ruas”. Sob esse lema se celebrou em maio passado o segundo “seminário prático” organizado pela formação ultra para treinar seus integrantes em técnicas de defesa pessoal.

“Realizaram-se diferentes exercícios como luta em solo, imobilização, estrangulamento, defesa frente a um ataque com arma branca ou luxações entre outros, relatou o partido em uma crônica publicada junto a imagens do seminário.

“Vivemos tempos difíceis, a luta contra os inimigos da Espanha se leva cada dia em várias frentes, também em nossas ruas, por isso é importante ter uma juventude sã, combativa e com uma boa condição física”, alertavam então.

Entre os “inimigos da Espanha”, segundo o discurso deste partido, figuram desde os membros do Governo até militantes antifascistas, integrantes de movimentos sociais ou simpatizantes de partidos de esquerda. Seu discurso está marcado também por declarações homofóbicas ou de reivindicação da ditadura franquista.

Os membros da DPS estão agora à frente das “patrulhas noturnas” organizadas por Espanha 2000 sob o argumento de “evitar os saques”. Em uma das imagens difundidas por esse partido aparecem umas 20 pessoas vestidas com jalecos. Junto a elas se encontrava também um homem com a camiseta que identifica os militantes do grupo neonazista Núcleo Nacional.

José Luis Roberto, líder do Espanha 2000, afirmou em uma mensagem publicada nas redes sociais que seus militantes estão “organizados em sair pelas noites para avisar as forças de segurança sobre vadios e saqueadores”.

“Bandidos skinheads”

Por sua parte, Núcleo Nacional difundiu imagens de integrantes desta organização em um “passeio” noturno pelas zonas afetadas. Este grupo neonazista, que foi fundado em abril passado e tem nos dias de hoje ao redor de 250 militantes e simpatizantes, conta também com uma seção de “segurança” que oferece “formação física” a seus membros para que saibam “defender-se”.

“Muita gente pensa que esta seção é feita para a luta direta na rua, e não só isso. Nosso trabalho principal é brindar segurança a toda a militância em qualquer ato, jornada, segurança ou marcha”, explicou um dos responsáveis do Núcleo Nacional durante uma conferência oferecida em julho passado no local do Espanha 2000 em Valência.

“Não somos quatro bandidos skinheads. O grupo de segurança vai proteger os nossos. Todos sabem o que tem que fazer se ocorre qualquer circunstância”, acrescentou o neonazista. Assim como outros dois companheiros seus que falaram nesse comício, tinha o rosto coberto.

Fonte: https://www.publico.es/politica/vol…;mm=mobile-medium

Tradução > Sol de Abril

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Doente da viagem,
Meus sonhos perambulam
Pelo campo seco.

Matsuo Bashô

[México] Palestra presencial com Silvia Rivera Cusicanqui: Anarquismo Ontem e Hoje | Micropolíticas da Alma Rebelde

Convidamos você fraternalmente para a palestra PRESENCIAL com a companheira Silvia Rivera Cusicanqui, que fará essa interessante palestra nas instalações da FAM no próximo sábado (16/11).

Haverá venda de livros trazidos pela autora e pulque e mezcal para degustação durante a palestra.

Também teremos a participação de Virginia Ayllón nos comentários.

Você não pode perder essa palestra, portanto, não deixe de reservar esse dia imperdível.

Vejo você lá!

Silvia Rivera Cusicanqui, pensadora, socióloga e anarquista boliviana, publicou vários livros, entre os quais se destacam: “Oprimidos pero no vencidos” Luchas del campesinado aymara y Quichua de Bolivia 1900-1980 (1984); Los Artesanos libertarios y la ética del trabajo (en colaboración con Zulema Lehm, 1988); Las Fronteras de la Coca: Epistemologías coloniales y circuitos alternativos de la hoja de coca (2003); Violencias (re)encubiertas en Bolivia (2009); Sociología de la imagen, (2015 – 2023); Un mundo ch’ixi es posible. Ensayos sobre un presente en crisis (2018 – 2023); Mito y desarrollo en Bolivia. El giro colonial del gobierno del MAS (2015), e Qhateras y tinterillos. Comercio y cultura letrada en la formación histórica de las elites bolivianas (2022).

Federación Anarquista de México – FAM

federacionanarquistademexico.org

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Renasce o campo.
Borboletas planando:
Flores entre o verde.

Edu Otsuka

[Espanha] Inauguração do Ateneo Libertario La Garra, 15 de novembro

Estamos trabalhando há quase dois anos, com o melhor de nossa capacidade e força, para moldá-lo física e mentalmente. Fisicamente, adaptando o espaço, e mentalmente, delineando o caminho e as ideias que queremos seguir.

Portanto, estamos muito felizes em convidá-los para nossa festa de abertura e apresentação.

Estamos ansiosos para ver todos vocês!

Saúde, anarquia, apoio mutuo e cuidados.

Ateneo Libertario La Garra

ateneolibertariolagarra@riseup.net
Calle Pico Moncayo, 22. Vallekas – Madrid

https://www.instagram.com/ateneolibertariolagarra/

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Um menino índio
Que tem os olhinhos verdes.
Flores de capim.

Itto Tako

[Espanha] Pela jornada de 30 horas semanais

Desde a CNT-AIT Alcalá de Henares defendemos que nossas vidas não podem ser atravessadas pelo trabalho e o capital. Não queremos aumentar a máquina das empresas nem melhorar a produtividade.

E esta mudança não virá por parte das instituições. Não podemos nos contentar com migalhas em troca de uma paz social. Nosso meio de conquista deve ser a ação direta, o apoio mútuo, a solidariedade e a consciência de classe. A manifestação, a greve e inclusive o boicote e a sabotagem devem seguir sendo nossos métodos de luta.

Já faz 105 anos que desde a CNT, por meio da greve “La Canadiense”, conseguimos implementar, pela primeira vez na história, a jornada laboral de 8 horas diárias. Ainda que, assim como agora, tinham sobre a mesa o ódio e o egoísmo, escolheram a luta e a solidariedade para enfrentar a miséria do trabalho; desafiando o medo, em uma época em que militar ou participar em uma greve poderia custar o cárcere. Sem delegar o futuro a políticos ou intermediários, preferiram se organizar desde baixo sem esperar melhoras caídas do céu.

Desde então, o desenvolvimento da tecnologia não fez mais que crescer e a riqueza que produzimos não fez mais que aumentar. Ainda assim, seguimos trabalhando praticamente as mesmas horas. Nosso objetivo deve ser o contrário: produzir menos e trabalhar menos.

Para o capitalismo nunca será um bom momento e sempre antecipará falsamente a catástrofe, mas não devemos cair em seu jogo… É preciso conquistar de novo por nossa conta a redução da jornada laboral! Com este objetivo fazemos um chamado a todos os sindicatos da Confederação e de toda a AIT, assim como ao movimento libertário em geral, a nos unirmos para implantar as 30 horas semanais sem redução de salário. A tecnologia e o grande número de setores estratégicos atuais nos oferecem oportunidades de difusão e ação maiores que as que existiam em 1919, inclusive para paralisar um ou vários setores da economia.

Devemos aproveitar e usar todos os meios a nosso alcance para consegui-lo. Há que deixar atrás o medo e a ilusão de bem estar. A classe, mais que o que somos, é o que podemos fazer.

Por uma vida melhor, uma vida que nos pertença.

Pela jornada laboral de 30 horas semanais!

CNT-AIT Alcalá de Henares

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No cimento quente,
A ilusão de um oásis:
Vaso de samambaias

Edson Kenji Iura

[México] Comunicado da resolução da Suprema Corte sobre o caso Miguel Peralta

Na quarta-feira passada, 6 de novembro de 2024, a Suprema Corte do México votou o assunto de Miguel Peralta, o Amparo Direto em Revisão 6535/2023 no qual se pedia revisar a má sentença do Primeiro Tribunal Colegiado em Oaxaca.

Em 2023 esse Tribunal assinalou que o caso devia regressar ao Tribunal em Huautla porque não tinham se realizado acareações. Uma saída medíocre frente a um contexto sociopolítico complexo.

Miguel, sua família, a comunidade, todas e todos que se solidarizaram, exigiram à Corte reconhecer que o Tribunal fez mal, não aplicou a Constituição e a jurisprudência da própria Corte, violou seus direitos como mazateco, ignorou a própria existência de Eloxochitlán como sujeito coletivo e o contexto que motivou a acusação contra ele.

A SCJN poderia ter ditado uma liberdade absoluta e frear a perseguição política que sofre Miguel, no entanto, só revogou a sentença do Tribunal Colegiado, reconhecendo assim que sua resolução foi incorreta. Ainda que seja uma resolução positiva no caso, nos regressa aos tribunais de Oaxaca que estão a mais de 10 anos conivente e manipulados pelos mandachuvas do povoado, a família Zepeda Lagunas.

Esperamos que a sentença da Corte seja clara e contundente, que dê diretrizes concretas ao Tribunal sobre como resolver e Miguel seja plenamente livre.

Miguel Peralta

Grupo de Apoio em Solidariedade com Miguel Peralta

Tradução > Sol de Abril

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Pó de serragem
Contra o enxame de mosquitos –
Anoitece agora.

Nishiyama Sôin

Live: Marco Temporal | Demarcação Sem Conciliação

No dia 14 de novembro, às 19h30, faremos uma segunda live a respeito da mesa de conciliação do Marco Temporal no STF (Supremo Tribunal Federal), que segue com sua agenda em novembro em sua 9ª reunião, sem transparência e debaixo dos olhos do Ministério dos Povos Indígenas e da FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

Segundo o site do Governo Federal e do próprio STF, já estão fechadas as datas dessas reuniões até dezembro de 2024, uma em especial no dia 18 de novembro, que irá propor a mudança do art.4 que define critérios em que são definidas terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas.

Já a parte da indenização aconteceu sem luta e sem mobilização indígena, no dia 11 passado.

Assim como a reunião do dia 4 que tratava com a FUNAI a regularização das demarcações das terras que estão paradas a mesa do judiciário e do presidente, e que explica todo o processo de regularização das terras indígenas, passou sem que ninguém falasse sobre essa situação.

A desinformação sobre o assunto e a falta de transparência nesse processo será questionada e debatida nessa live, precisamos do apoio de todxs para que mais parentes saibam o que está acontecendo com nossos direitos indígenas!

Agradecemos o apoio da Autogerida TV pelo espaço para falarmos sobre esse assunto que fere um direito indisponível e inalienável dos povos indígenas. 

Autonomia Indígena Libertária – AIL

>> Acesse o canal da Autogerida TV aqui:

https://www.youtube.com/@autogeridatv?app=desktop

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No pensamento
Um esqueleto abandonado –
Arrepios ao vento.

Matsuo Bashô