Roteiro de bicicleta pelos passos de Gaetano Bresci.
Locais, antecedentes e protagonistas do regicídio.
Encontro às 21h, Praça São Paulo, Monza.
O passeio ciclístico terminará na Capela Expiadora (Cappella Espiatoria).
Em caso de mau tempo, o evento não acontecerá.
“Morte ao Rei” é um roteiro de bicicleta que o levará em seis paradas pela cidade de Monza para redescobrir locais e fatos históricos ligados ao assassinato de Umberto I por Gaetano Bresci. Do massacre da Praça São Paulo em 1898 até os três tiros de Bresci, uma voz narradora e leituras de testemunhos da época reconstruirão os acontecimentos e suas razões históricas. Uma oportunidade para mergulhar na história, fugindo do melodrama nacional-popular do assassinato do “Rei Bondoso“.
boccaccio.noblogs.org
agência de notícias anarquistas-ana
No coração do sistema, um caracol carrega sua casa utópica.
Em 29 de julho de 1900, Gaetano Bresci vingou as centenas de proletários italianos massacrados nas ruas pelas forças repressivas do Estado monárquico, assassinando o rei Umberto I. Tais atos policiais brutais parecem pequenos diante da atual guerra europeia entre Ucrânia e Rússia (por enquanto) e, principalmente, do genocídio do povo palestino em Gaza e na Cisjordânia, perpetrado pelo governo e pelo exército israelense. Além disso, não podemos esquecer o rio de sangue que corre por todo o Oriente Médio, começando pelo sofrido povo Curdo, nem as incontáveis guerras em curso no mundo, como no Sudão, em Mianmar, entre outras.
Por tudo isso:
Terça-feira, 29/07/2025, às 20h Em Lonno di Nembro, na pizzaria “Alba”
Nos reuniremos, como libertários e amigos, para arrecadar doações a serem destinadas:
· À Associação Palestina de Bergamo
· À Associação Confederalismo Democrático do Curdistão (Milão, v.le Monza 255)
Preço da pizza: € 12 (com vinho cortesia do estabelecimento) (Cervejas, licores, sobremesas, café e outros extras serão pagos separadamente por cada participante.)
Agradecemos a quem puder contribuir adicionalmente para o apoio às duas associações.
Para confirmar presença na pizzada, entrar em contato até sábado, 26/07:
· E-mail: underground@inventati.org
· Telefone direto da pizzaria: 035 51 50 19
Contamos com vocês!
Underground Spazio Anarchico Bergamo underground.noblogs.org
A antifascista Maja foi extraditada ilegalmente para a Hungria pelo Estado alemão há mais de um ano. Em 5 de junho, Maja iniciou uma greve de fome exigindo melhores condições e o retorno à Alemanha. Em 14 de julho, Maja interrompeu sua greve de fome. No entanto, as exigências continuam de pé.
Queríamos lembrar à embaixada alemã em Helsinque que Maja ainda está presa em condições terríveis na Hungria, deixando uma mensagem simples que eles não podem ignorar.
“Meu corpo – um esqueleto, com um espírito inquebrável, combativo e vibrante. Ele sorri, busca liberdade e comunidade no horizonte e se recusa a aceitar que não há justiça” – essas palavras estão na declaração de Maja ao final da greve de fome. Nós também nos recusamos a aceitar isso; permanecemos inquebráveis, combativos e vibrantes.
Como sinal de solidariedade, substituímos a bandeira da Kanonenplatz no Castelo de Berg, em Freiburg, por uma bandeira da Maja Livre na noite de 15 para 16 de julho.
Octavio Alberola é anarquista. Ele nasceu na Espanha, em Alaior, Ilhas Baleares, em 1928. Hoje reside em Perpignan, na França. Em 1939 chega ao México com seus pais. A partir daí começa sua militância anarquista. Atua nas Juventudes Libertárias e na CNT espanhola no México. Em 1962 forma parte do organismo clandestino “Defesa Interior” constituído pelo Movimento Libertário Espanhol depois do congresso da CNT de 1961. Atualmente participa do “Grupo pro revisão do processo Granado-Delgado” que, desde 1998, está exigindo a anulação das sentenças franquistas. Ele também faz parte do “Grupo de Apoio aos Libertários e Sindicalistas Independentes em Cuba”, GALSIC. Incansável, ele ainda colabora com outras iniciativas libertárias na Europa. É um homem cheio de histórias, escritas numa trajetória de vida libertária agitada e intensa. Algumas histórias ele expõe aqui, nessa entrevista concedida à ANA. Mas a sensação que fica ao dar por terminada esta conversa é a de que havia muitas coisas a ouvir ainda. Vamos a ele.
Agência de Notícias Anarquistas > Como que o anarquismo entrou na sua vida?
Octavio Alberola < Pois, sem dúvida, à medida que ia vivendo… com os meus pais, com os acontecimentos em que eles estavam envolvidos. Para ser mais direto, através das relações deles com os demais companheiros e companheiras, no seu trabalho enquanto professores racionalistas, de sofrer também as conseqüências da repressão que eles sofreram e, muito provavelmente, através das discussões, leituras e atos de propaganda que pouco a pouco fui compartilhando com eles e com os seus companheiros da CNT, tanto na Espanha como no exílio posteriormente: primeiro na França e depois no México. Também através das discussões com os meus companheiros de estudos sobre diferentes temas políticos, sociais e culturais e ao ter que me confrontar a disciplina autoritária do ensino na Escola Secundária e Preparatória de Jalapa, capital do estado de Veracruz da República mexicana. Embora, quem sabe, foi ao me mudar para a Cidade do México para iniciar os estudos universitários que as idéias anarquistas foram se aprofundando, mais pelo fato de participar na organização das Juventudes Libertárias mexicanas e poucos dias depois ter que dividir, com outros três jovens companheiros, uma cela (clandestina) na qual as autoridades mexicanas nos tiveram encarcerado, durante um mês após nos terem detido colando manifestos libertários nas ruas da Cidade do México.
Você tem 80, 85, 90 anos de idade. Você já está olhando para baixo, do alto do edifício que vem construindo ao longo dos anos. Não há mais andares para fazer porque você já fez o telhado. Você está sentado olhando para o horizonte e vê os edifícios como o seu que estão sendo construídos ou foram construídos ao seu redor.
Alguns edifícios dessa imensa cidade que é a humanidade, a maioria deles, são desconhecidos para você. Mas você certamente conhece alguns dos construtores. Eles são os que pensam da mesma forma. Do seu telhado, você percebe que alguns edifícios não têm mais ninguém sentado, como você lá em cima, olhando ao redor. Eles estão vazios; não há ninguém lá porque a pessoa que construiu o edifício não está mais lá. Alguns são belos, com apreciações estéticas de uma originalidade ímpar, ou com prodígios de design estrutural de habilidade leonardesca. É o que resta da pessoa que viveu neles.
Alguns prédios são baixos, muito baixos e sem telhado, meio acabados porque, tragicamente, o construtor saiu depois do expediente. Outros foram atingidos por um projétil que os deixou prematuramente em ruínas. Esses são os que foram destruídos por forças externas.
A vida é finita e, quando se constrói um edifício tão alto quanto o de Octavio, é comum ver como os arquitetos que pensam da mesma forma deixam o edifício vazio.
Hoje é a vez de Octavio Alberola deixar o edifício. Cansado, Octavio havia me dito que iria embora há dez dias.
Nós nos despedimos e ele me contou algo de nossas intermináveis conversas sobre o universo. Agora, disse ele, devolverei a matéria à sua origem. E assim, sem mais nem menos, o último anarquista histórico que conheço se foi.
Octavio Alberola era um ser diferente, com uma maneira única de pensar e um otimismo louvável em relação à espécie humana. Tive a sorte de conhecê-lo e de biografá-lo. Conversamos sobre aspectos impensáveis de sua vida e do ser humano, porque Octavio era um homem curioso e fascinado por vários aspectos, como a física quântica, a lógica absoluta do universo e do ser humano, ou a justiça e a paridade entre iguais. Esse conceito o levou a lutar pela justiça como anarquista durante toda a sua vida. No México, país onde sua família se refugiou, exilado após a guerra na Espanha, e também na França, país onde viveu a maior parte de sua vida.
Não vou me estender mais nessas linhas porque sua biografia é enorme. Direi apenas que Octavio Alberola, uma das pessoas mais extraordinárias que já conheci, nos deixou, deixando para trás um enorme edifício, generoso em conhecimento e formas de entender essa espécie complicada que é a humanidade.
Hoje, o mundo está um pouco mais vazio. Por sua vez, Octavio, o universo está um pouco mais cheio.
• “SEGUROS, SUA CUMPLICIDADE ESTÁ NO SEU DINHEIRO”
• ATIVISTAS CONTRA O GENOCÍDIO ATACAM OS ESCRITÓRIOS DA ASSOCIAÇÃO DE SEGUROS EM BERLIM DURANTE A NOITE
Nesta noite, cobrimos com tinta vermelha como sangue os escritórios da Associação Geral de Seguradoras Alemãs, na Leipziger Strasse, em Berlim. Deixamos mensagens nas paredes do edifício denunciando o papel que as seguradoras alemãs desempenham no atual genocídio na Palestina. A ação faz parte de uma campanha internacional que visa pressionar a Allianz a encerrar seu apoio à Elbit Systems, a maior empresa de armamentos de Israel. No fim de semana, diversos grupos independentes atacaram prédios pertencentes a companhias de seguros por toda a cidade.
A Associação Alemã de Seguros representa os interesses de toda a indústria de seguros da Alemanha, o segundo maior mercado de seguros da União Europeia, com um fluxo de mais de 240 bilhões de euros em 2024. Um mercado alimentado por apelos à militarização, por crimes de guerra e genocídio. O mais recente relatório da Relatora Especial da ONU, Francesca Albanese, destacou que a seguradora alemã Allianz comprou US$ 960 milhões em títulos do Tesouro israelense, contribuindo diretamente para o orçamento militar da ocupação.
A Allianz detém pelo menos US$ 7,3 bilhões em empresas listadas no relatório da ONU sobre a economia do genocídio. Suas apólices de seguro cobrem os riscos que outras empresas assumem ao operar nos territórios palestinos ocupados, viabilizando assim abusos de direitos humanos e um ambiente operacional “sem risco”. Além disso, a Allianz é uma importante investidora institucional da Elbit Systems e fornece os seguros necessários para que a fabricante de armas opere na Europa e no Reino Unido. A Elbit Systems é a maior fabricante de armamentos de Israel e produz armas comercializadas como “testadas em combate” contra o povo palestino. Ela fornece 85% da frota de drones militares de Israel e equipamentos terrestres.
“Enquanto palestinos estão sendo bombardeados, famintos e assassinados em pontos de distribuição de alimentos, nenhuma pessoa de consciência pode ignorar seu sofrimento e seu direito à liberdade da ocupação”, declarou uma porta-voz do nosso grupo. “As armas da Elbit foram repetidamente usadas contra civis palestinos. Em menos de dois anos, Israel assassinou centenas de milhares de palestinos, bombardeou hospitais e destruiu todo tipo de infraestrutura civil, incluindo escolas, sistemas de água e energia. Por toda a Europa, nossa mensagem para as companhias de seguro é clara: é hora de parar de lucrar com assassinatos em massa. Abandonem a Elbit. Abandonem a economia do genocídio. Não vamos parar até que vocês parem.”
Uma manifestação em massa em apoio à Palestina aconteceu na terça-feira, 22 de julho, na ilha de Syros, na Grécia, por ocasião da chegada do navio de cruzeiro MS Crown Iris, que transportava passageiros israelenses.
A Grécia é um dos destinos turísticos preferidos pelos israelenses, com cruzeiros e excursões organizadas inclusive para membros das Forças de Defesa de Israel (IDF), que costumam passar férias no país para “descansar entre um massacre e outro”. Há tempos, moradores e visitantes da ilha afirmam que “soldados da IDF, colonos e apoiadores da guerra e da ocupação da Palestina não são bem-vindos em sua ilha”. Eles também denunciam o comportamento provocador de turistas israelenses que apoiam o genocídio.
Os manifestantes se reuniram às 11h da manhã no porto de Ermoupolis e marcharam até a área de Nissaki, onde o atracamento do navio estava previsto, entoando palavras de ordem em apoio ao povo palestino, com o objetivo de impedir o desembarque dos turistas e soldados da IDF.
Alguns passageiros tentaram desembarcar, provocando a multidão, mas foram repelidos. Após duas tentativas frustradas de desembarque em Syros, o navio de cruzeiro MS Crown Iris deixou o porto e retornou ao Chipre.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Sussurros… Sussurros… Prenúncio de um namoro na festa da lua
Na segunda-feira, 21 de julho, foi realizada uma manifestação em Milão, em frente ao consulado alemão, para protestar contra a prisão de Maja T., pessoa antifascista não binária alemã detida na Hungria por ter participado, em fevereiro de 2023, das manifestações antifascistas contra o encontro neonazista do “Dia da Honra”, realizado em Budapeste.
O regime de Orbán, por causa dessas mobilizações, está perseguindo antifascistas de toda a Europa. A manifestação e as várias mobilizações em curso sobre o mesmo tema têm como objetivo pressionar o governo alemão para que atue em prol da libertação de Maja. Também foi denunciada a cumplicidade das instituições europeias nessa espiral repressiva contra os/às antifa, e foram lidas as palavras de Maja escritas na prisão.
O IEL (Instituto de Estudos Libertários) convida Luís Marques, professor aposentado da Unicamp e autor do livro Capitalismo e Colapso Ambiental, para uma conversa profunda sobre o colapso climático em curso. Vamos discutir o que revelam os modelos científicos, os limites das soluções tecnológicas, o papel do sistema econômico na devastação ambiental e por que falar em “crise” talvez já não seja suficiente — estamos diante de um verdadeiro colapso.
Quando? Segunda, 28 de julho de 2025 Horário? 20h00 Onde? Canal do YouTube do IEL (Instituto de Estudos Libertários)
O 7º Festival Libertário de Solidariedade Social, de Classe e Internacionalista da Organização Política Anarquista – Federação de Coletivos ocorreu em Atenas, no parque de Lampidona em Byron, nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2025. O objetivo do festival era “criar um espaço político e cultural público e aberto para o encontro, a comunicação e a fermentação entre as lutas sociais e de classe que se desenvolvem de baixo para cima e a intervenção de projetos anarquistas-libertários dentro delas”.
Durante o festival, foram realizados eventos políticos e culturais, além de apresentar uma abundância de material político impresso, livros de publicações do movimento, pôsteres, mas também uma exposição de esboços e uma exposição de fotos sobre a luta palestina ao longo de uma jornada de décadas, desde a ocupação da terra palestina por Israel até hoje, quando o povo palestino enfrenta o horror genocida e continua a resistir com dignidade.
As edições nº 1 (julho) e nº 2 (agosto) já estão nas ruas, carregadas de ideias anarquistas contra o colonialismo, o autoritarismo e as prisões do pensamento.
No nº 1, você encontra:
— ecos de Bakunin e Frantz Fanon
— críticas à esquerda colonizadora
— reflexões sobre a rebelião zapatista
No nº 2:
— textos sobre anarquismo e anticolonialismo
— o anarquismo afoindígena de Karlos JR
— poesia viva de André
— “A estética do capital”, de Mauricio Remígio
— e os pensamentos insurgentes de Rocío Nahir Seguí
Distribuição em Campina Grande/PB e por trocas solidárias.
No começo de 2024, o Ministério da Justiça Russo adicionou a Federação Americana Anarquista Cruz Negra à sua lista de “organizações indesejáveis”. Naquele momento, a Cruz Negra Anarquista Moscou (Anarchist Black Cross – ABC Moscow) anunciou publicamente que não possuía vínculos organizacionais com a federação americana: grupos ABC mundiais são autônomos, e grupos russos nunca foram parte da federação americana.
Todavia, em 2025, tornou-se evidente que as autoridades russas consideram não apenas a federação americana “indesejável” – eles estão visando todos os grupos ABC.
O Pretexto: Um Livro do Anarquista Bielorrusso Igor Olinevich
Em dezembro de 2024, o livro “I’m Going to Magadan” (Vou para Magadan) do anarquista bielorruso Igor Olinevich foi comprado em operações de espionagem nas livrarias “Falanster” em Moscou e “Podpisnye Izdaniya” em São Petersburgo. Na primavera de 2025, ambas as lojas foram processadas sob o artigo sobre participação em atividades de uma “organização indesejável”. A base para as acusações? Um pós-escrito no livro, assinado pelo coletivo ABC-Belarus.
O livro em si foi publicado pela cooperativa russa Radical Theory and Practice (Teoria e Prática Radical), que não possui filiação com a federação americana ABC – mas isso não importou para as autoridades.
O que isso significa na prática?
Já em 2025, até mesmo o repost, a doação ou a publicação de conteúdo com símbolos ou filiações da ABC pode ser motivo de processo na Rússia.
Isso pode resultar em acusações administrativas e criminais, incluindo:
• Contravenção: Participação na atividade de uma “organização indesejável” (de acordo com a lei administrativa). • Crime (de acordo com o direito penal) – Até quatro anos de prisão por participação. – Até quatro anos por financiamento, – Até seis anos por organização de tais atividades.
Ações que podem levar à perseguição na Rússia:
– Participação em atividades grupais do ABC – Repost ou menções públicas do ABC – Envio de doações ao ABC – Distribuição de publicações associadas ao ABC (incluindo o livro de Olinevich)
Mesmo a continuidade histórica dos anarquistas no Império Russo é agora um motivo de perseguição. A Cruz Negra Anarquista (ABC) foi fundada na Rússia em 1906, originalmente como Cruz Vermelha Anarquista, posteriormente renomeada. Desde então, anarquistas têm apoiado prisioneiros políticos – e eles continuarão a fazê-lo, independentemente da repressão.
ABC Moscou Hoje
Todos os membros da ABC-Moscou deixaram o território da Federação Russa. Nós continuamos a ajudar aqueles que as autoridades russas perseguem por suas crenças anarquistas e antifascistas: com evacuação, adaptação à vida no exterior, apoio legal e material.
Apoie nosso trabalho (se você estiver fora da Rússia):
Em tempo de incerteza, onde diversas crises causadas pela acumulação do capital, pela pobreza e pela deterioração ambiental se entrecruzam, potencializadas por guerras e genocídios que fazem parte do nosso quotidiano, soluções autoritárias despontam como a melhor alternativa. O crescimento da extrema direita em todos os territórios do globo é a estratégia das elites para colocar povo contra povo, enquanto mantém intactos os açambarcadores de recursos que sacrificam toda a vida da terra em nome dos seus lucros obscenos. Por outro lado, a esquerda tradicional falha em oferecer novos horizontes para a população, que se vê constantemente entre o tacho e o fogo. Cada vez mais conservadora e amante da ordem, esta esquerda tradicional definha.
O anarquismo, como corpo de teoria e de práticas forjadas nas lutas de libertação das classes oprimidas, torna-se mais relevante do que nunca. Com uma crítica feroz e transversal ao poder, ele tem a capacidade de formular e articular a resistência, encarando frontalmente a complexidade da opressão. Para isto, a circulação da teoria e do pensamento anarquista, na forma da palavra impressa e de debates, torna-se essencial.
Com isto em mente, convidamos todes para participarem na Feira Anarquista do Livro de Lisboa, onde durante dois dias promoveremos conversas, lançamentos de livros, intervenções artísticas, além de bancas de livros e materiais subversivos.
Abrimos também a chamada para cartazes para feira! Quem quiser e puder, pode enviar a sua proposta de cartaz para a Feira Anarquista do Livro de 2025. Os cartazes serão publicados online e impressos para exposição nos dias de Feira.
agência de notícias anarquistas-ana
é só um instante: o beija-flor no ar, sugando flor de laranjeira
Kropotkin foi um dos principais militantes anarquistas do século XIX e XX. Sua contribuição para o pensamento socialista é inegável, mas seus interesses foram muito além da crítica ao Estado e ao capitalismo. Particularmente na virada do século, dedicou-se a um estudo aprofundado da arte e cultura russa, dando especial enfoque à influência comunitária na literatura, poesia e teatro russo. Seus escritos sobre o tema permaneceram distantes do debate sobre a cultura russa no Brasil por quase 120 anos, até o ano passado, quando a Biblioteca Terra Livre publicou a célebre obra “Literatura Russa: ideais e realidades”. O livro foi traduzido por Dinah de Abreu Azevedo e conta com a apresentação de Adriano Skoda e o prefácio de Christina Roquette Lopreato.
Para conversar sobre a obra de Kropotkin, a Biblioteca Terra Livre, em parceria com o Centro de Cultura Social (CCS), convidam a todos para a palestra Kropotkin e a Literatura Russa, com Christina Lopreato e Adriano Skoda, que ocorrerá no próximo sábado, às 16h no CCS.
Estamos buscando viabilizar a transmissão do evento online. Caso seja possível divulgaremos o link.
Quando: 26/07/2025, sábado, às 16h
Onde: Centro de Cultura Social – rua General Jardim, 253 – sala 22 – Vila Buarque – SP
agência de notícias anarquistas-ana
Árvore seca na floresta úmida que amor lhe faltou?
Por volta de cem pessoas se reuniram neste domingo (20/07) para mostrar sua solidariedade com as seis ativistas que foram condenadas a prisão por exercer a ação sindical em Gijón. Solidariedade que se estendeu ao povo Palestino já desde a primeira intervenção, assim como aos companheiros do metal de Cádiz, aos 6 de Zaragoza…
“Nos congratulamos pela concessão do terceiro grau às companheiras, mas não é a solução. Não cometeram nenhum delito, e castigar a ação sindical restringe um direito fundamental que é a base para não nos condenarem a um futuro de escravidão laboral” – assinalou Juan Carrascosa, secretário geral do sindicato.
O ato se desenvolveu com várias intervenções nas quais se mostrou o apoio às indiciadas e foi pedida sua saída imediata da prisão, cantando lemas como “Algo terão feito, lutar por teus direitos”. “A história do sindicalismo está cheia de repressão por parte do Estado. Mas isso jamais nos deteve e jamais o fará” – explicou Andrés Sánchez, secretário de Organização. “Faz mais de cem anos, milhares de pessoas foram condenadas a prisão na Greve da Canadiense, mas ao final a solidariedade obreira conseguiu que se implantassem as oito horas de trabalho”.
A todo o momento se ofereceu o microfone para que qualquer pessoa pudesse mostrar seu apoio, o que aproveitou um companheiro da CGT para solidarizar-se. Esther Serrano, secretária geral de CCOO Ciudad Real, também interveio para mostrar sua indignação. “É a primeira vez que acontece isto na democracia e abre um precedente muito perigoso” – advertiu.
“Até que não se dê solução a esta injustiça, seguiremos defendendo na rua o direito à las 6 de La Suiza a serem tão livres como nós” – concluiu Laura Barriga, secretária de Ação Sindical da CNT Ciudad Real.
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.