[Nesta quarta-feira, dia 23 de fevereiro, acontece mais uma Greve Geral na Grécia. A seguir, um dos tantos comunicados anarquistas distribuídos naquele país chamando todos e todas para à greve.]
Quarta-feira, 23 de fevereiro, dia de greve geral e manifestações no centro de Atenas. Enquanto o tempo passa, torna-se incrivelmente óbvio que a greve geral chamadas pelos sindicatos burocratas GSEE e ADEDY não são apenas “tiros em vão”, mas sim um lugar para demonstrar o descontentamento e a raiva crescentes: desde os simples protestos, às práticas dinâmicas daqueles que tentam chegar ao parlamento, conflitos com a polícia e molotovs contra as forças de repressão.
Isso é confirmado pelo fato de que a questão de uma Greve Geral Indefinida nunca apareceu; isso é confirmado pelas datas “estranhas” escolhidas para a greve, assim como pelos imensos lapsos de tempo entre uma greve e outra. Depois de cada tentativa, mesmo quando haviam muitas pessoas, com uma boa energia, e atitudes de confronto, sempre ficávamos com uma pergunta no ar: “e agora”?
Entretanto, ao mesmo tempo, esta escolha do lado da autoridade é uma brincadeira com fogo. Mesmo que a situação permaneça num nível “aceitável”, limitada espacial e cronologicamente, ou mesmo que dê certo, é sempre desconhecida e incerta.
Nessa quarta-feira, podemos tentar algo diferente, utilizando as experiências das revoltas no mundo Árabe, como o Egito. Podemos mostrar tolerância e insistência que pode ser muito maior do que os governantes imaginam. Podemos lotar Syntagma com os milhares de outros participantes. Podemos cercar o parlamento e esperar. Ficar e não sair. Podemos transformar Syntagma numa Praça Tahrir. E daí em diante, ver o que acontece.
Não somente na África ou no Oriente Médio, a revolta deve se espalhar pelo mundo.
Vamos transformar Syntagma na Praça Tahrir!
Todos à greve no dia 23 de fevereiro – saia às ruas e firme sua posição!
Tradução > Filipe Ferrari
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!