A descoberta, em vários locais da capital francesa, foi feita pela jornalista Clémentine Deroudille, curadora da exposição “Brassens ou a liberdade”, que será aberta na Cidade da Música de Paris, em 15 de março.
Algumas músicas apareceram em uma mala encontrada em uma de suas antigas casas em Paris, mas a maioria dos achados, incluindo manuscritos, vem da última residência que o cantor teve na capital, localizada na Rua Santos-Dumont.
Entre os documentos encontrados, destacam-se também partituras manuscritas pelo próprio Bassens, seu diário pessoal entre 1963-1981 e fotografias do cantor, até então desconhecidas.
As letras das canções, em sua maioria não acompanhadas de partituras, datam o período entre 1938 e 1952, antes da gravação dos primeiro álbuns do cantor.
Os documentos fazem parte da exposição, que até o mês de agosto vai apresentar vídeos e arquivos de áudio de Brassens mais “íntimo”.
Outros objetos que até agora não se havia notícias são cadernos de notas, legados ao seu neto e herdeiro Serge Cazzani.
Também serão mostrados, pela primeira vez ao público, alguns diários e uma canção que data do tempo em que Brassens foi internado no campo de trabalho alemão de Basdorf, durante a Segunda Guerra Mundial.
Deroudille destacou que o cantor francês “queimou os muitos documentos que acreditava não ter valor algum”, portanto, a jornalista acredita que os manuscritos encontrados foram preservados “para trazer à posteridade”.
As músicas encontradas desenvolvem temas amorosos, anticlericais e libertários, com um estilo muito ‘naïf’ (ingênuo), mas característico do que posteriormente desenvolveu Brassens”, disse a jornalista.
O compositor francês Olivier Daviaud colocará melodia nas letras encontradas, que serão incluídas em um álbum que os visitantes poderão ouvir durante a exposição, explicou a encarregada da pesquisa.
A exposição também contará com a seção “Brassens no mundo”, que permitirá que os participantes ouçam as versões das músicas do cantor em outras línguas, inclusive em castelhano.
Para quem quiser ouvir o popular cantor anarquista francês:
› http://www.georges-brassens.com/
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!