A noite do último sábado de fevereiro, dia 26, em Seattle, esteve iluminada pela voz e o fogo de um grupo de aproximadamente 30 anarquistas, que totalmente vestidos de negro, encapuzados, portando faixas e bandeiras combinando com suas roupas, protagonizaram uma série de distúrbios no centro da cidade. Os rebeldes usaram foguetes pirotécnicos, bengalas e extintores, pedras, e mesmo paus de suas bandeiras contra diversos objetivos.
Atacaram várias entidades financeiras e locais de grandes empresas, além de queimar fogos de artifício em alguns carros dos guarda-costas. Foram realizadas diferentes pichações e lançados cerca de mil panfletos. Tudo isso foi realizado entre múltiplos gritos como “No justice, no peace!” (Sem justiça não haverá paz).
Uma vez dispersa a massa revoltada três pessoas foram detidas nas horas seguintes à ofensiva, e pese as que foram postas em liberdade um pouco depois, ainda se encontram a espera de julgamento. Elas foram acusadas de vários delitos, entre outros: distúrbios e obstrução do tráfico de carros.
A ação do bloco negro começou na esquina das ruas Boren e Howell. Para aqueles que não sabem, devido ao silêncio sepulcral dos meios de “informação”, a escolha deste lugar longe de ter sido uma simples casualidade, teve um forte fundo simbólico. Foi nesta rua que durante o mês de agosto do ano passado um indígena estadunidense de 50 anos de idade, que tinha problemas com álcool e trabalhava como talhador de madeira, foi abatido a sangue frio por um agente de polícia.
O homem, chamado John T. Williams, regressava a sua casa à noite, depois de terminar sua jornada de trabalho. Portava nas mãos um pedaço de madeira e uma navalha que usava para entalhar. Foi abordado por um carro de polícia do qual saiu um agente empunhando sua pistola, ordenando que ele atirasse a arma (sua navalha) ao chão e se deitasse no solo. John, que tinha problemas de surdez em função de sua avançada idade, não ouviu a primeira advertência do policial e depois de somente poucos segundos, o agente da lei abriu fogo contra o pobre homem que morreu instantaneamente por causa dos disparos.
Convém destacar que as investigações, fotografias, gravações em vídeo e outros dados posteriores ao assassinato corroboraram que o indígena não só portava a navalha porque era uma ferramenta essencial de seu emprego e, além do mais, comprovam que ela estava fechada quando o policial lhe atingiu.
O fato de John portar uma navalha foi uma mera desculpa para que o bastardo policial miserável, à serviço do Estado, pudesse saciar sua sede de sangue naquela noite.
Obviamente, o assassino não foi condenado, a farda é um escudo impenetrável para as leis burguesas e na terra do Tio Sam eles sabem disso mais do que ninguém. O juiz determinou que não poderia punir ao policial responsável pelo assassinato porque não havia sido provado que o agente tivesse “atuado com malícia”.
Por isso, esta noite foi realizada uma ofensiva sob o nome de “anti-cop action” (ação anti-policial), que devolveu aos bastardos o produto de sua opulência e de seu abuso de poder.
Morte ao Estado. Polícia assassina!
Tradução > Juvei
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...