Em 8 de maio, na cidade de Khimki, foi realizada uma manifestação popular sob o lema “Defendemos as florestas de Khimki”. Próximo ao estádio da cidade, reuniu-se cerca de 200 pessoas de diferentes lugares da Rússia. Os organizadores da manifestação declararam que são os próprios dirigentes que estão contra o povo e fizeram um chamado para ir para os acampamentos de ecologistas na floresta. Forças anti-motins chegaram pouco depois do início da manifestação e 15 pessoas foram detidas. O resto dos manifestantes tentou bloquear a rua para parar o ônibus com os detidos, mas os anti- motim os impediu. Os presos, mesmo do ônibus, continuaram incentivando os manifestantes a ir para o acampamento.
Do acampamento, duas patrulhas foram direcionadas para vistoriar a floresta. No retorno, relataram que não haviam encontrado indícios de novas derrubadas de árvores, mas havia visto mensagens de aviso sobre o descobrimento de gasodutos subterrâneos. Os gestores da construção da rodovia privada “Moscou-São Petersburgo” declararam que vão transferir o gasoduto, mas não informaram nada sobre uma possível mudança na rota do caminho.
Por outro lado, aos detidos foi imposto o protocolo 20.2, referente à violação das regras de organização de eventos públicos, e o 19.3, por desrespeito aos funcionários da polícia. Parte dos manifestantes foi para a delegacia para realizar piquetes e exigir a libertação imediata dos participantes. No início, a polícia disse que os detidos permaneceriam ali até 10 de maio, mas, em seguida, foram levados ao tribunal, mesmo estando em recesso. O juiz acabou por decidir a relegar o assunto para os tribunais locais, onde os prisioneiros vivem, e na parte da tarde foram liberados.
Entre os participantes das manifestações em defesa das florestas de Khimki e do acampamento de protesto se encontram representantes de diversas organizações sociais e políticas de Moscou e em torno da capital, incluindo, infelizmente, ideologias extremistas. No acampamento, por exemplo, próximo a máquina de corte de madeiras perto do aeroporto “Sheremetievo II” foi posta uma faixa da “Rússia Imperial”, que foi posteriormente removida, a pedido de ativistas de outros pontos de vista ideológicos.
Em 7 de maio um novo acampamento foi levantado junto a máquina de corte, não muito longe da vereda Starbeevo, e neste lugar, em 8 de maio, foi posta a bandeira do movimento ecológico radical “Vigilantes do Arco-íris”, cujos membros, em sua maioria, são anarquistas. Na manifestação do mesmo dia, participaram representantes de movimentos anarquistas e anti-fascistas.
Após as ativas noites de 5 e 6 de maio, não houve mais ataques ao acampamento pela empresa de segurança responsável pelo monitoramento das derrubadas ilegais de árvores. Os integrantes do acampamento realizaram patrulhas constantes para evitar o abate de mais árvores.
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!