Acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de junho, em Chicago, a 4ª edição do “Encontrando Nossas Raízes”. O tema central do evento neste ano é a “Solidariedade”. Feira do livro anarquista, bate-papos, oficinas, espaços para crianças (Playground Anarchy Camp) e muito mais marcam as atividades que fazem deste encontro um dos principais acontecimentos anarquistas da costa norte dos Estados Unidos.
Comunicado:
A idéia de solidariedade tem sido evocada como uma forma de unir povos em torno das várias lutas sociais. Mas como é que esse conceito informa sobre a nossa teoria e prática de como anarquista/pessoas antiautoritária na atualidade?
Como anarquistas, com quem estamos em solidariedade – e por quê? Será que esta solidariedade baseada em identidades sociais nos ajuda, nos prejudica, ou é completamente irrelevante para as nossas lutas anarquistas? Será que os anarquistas são parte de uma política mais ampla de esquerda, e se esse for o caso, deve manter laços de solidariedade com outros de esquerda? Ela envolve a comunidade e/ou prestação de contas? De que forma afeta como percebemos o termo “solidariedade” de hoje com o uso a que se deu nas lutas sociais historicamente? Como é que a solidariedade tem sido seqüestrada com fins reformistas ou reacionários?
Como podemos permanecer em solidariedade com os outros sem aclamar suas lutas como nossas? Que tipos de projetos, ações, táticas, etc. demonstram as diversas formas em que a solidariedade pode ser utilizada com fins anticapitalistas? Como os conceitos de solidariedade e autonomia estão relacionados entre si? É a idéia de um aliado de um conceito válido para as lutas sociais, e como se relaciona com o conceito de solidariedade? É porque a solidariedade significa ataque? Significa estruturas alternativas de sobrevivência? Pode existir como uma mera afirmação falada ou implica ação? É uma questão de amizade ou de um acordo estritamente político? É eficiente o uso de “solidariedade” como explicação das relações que atingimos no processo de rebelião?
Possíveis temas da conferência incluem: apoio aos presos, ocupação/ataque à embaixada, ocupação de universidades, vigilância e monitoramento da polícia, acampamentos contra as fronteiras, projetos de solidariedade indígena, comunidade/responsabilidade/consentimento entre os anarquistas/pessoas antiautoridade, solidariedade feministas e sobreviventes dos ataques sexuais, a solidariedade com as lutas sociais internacionais, autonomia e auto-determinação, a relação entre o nacionalismo e o anarquismo, o sindicalismo revolucionário, a solidariedade e a luta de classes, a solidariedade com os indocumentados, solidariedade e aliados, táticas de solidariedade, solidariedade e o trabalho sexual, união e/ou a destruição da esquerda, apoio jurídico para anarquistas que enfrentam um julgamento, solidariedade prática com as pessoas transgêneros, solidariedade entre as pessoas de cor, resistindo ao aburguesamento, a história da solidariedade no seio da organização anarquista, solidariedade com ocupas, intersetorialidade e solidariedade, a solidariedade como ataque, libertação animal e as possibilidades de solidariedade entre as espécies, a recuperação da solidariedade ao serviço do capitalismo.
Mais infos:
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!