[Grécia] Ações solidárias antes do julgamento do anarquista Aris Seirinidis

[Ontem, 7 de junho, aconteceu uma série de ações em toda a Grécia em solidariedade com o anarquista Aris Serinidis. O julgamento de Aris teve início nesta quarta-feira (8), mas foi transferido para a próxima sexta-feira (10).]

Em Atenas, o Conselho de Estado foi bloqueado por anarquistas na manhã de ontem. Em Tessalônica, uma estação de rádio local (FM100) foi ocupada e lidos textos solidários no ar. Também em Tessalônica, Ioannina e Xanthi, anarquistas estabeleceram sistemas de megafones e distribuição de textos em solidariedade com Aris em praças públicas.

Hoje, à tarde, aconteceu um “moto rali” de solidariedade em Atenas com mais de 100 motoclicletas. Gritando palavras de ordem e jogando folhetos os manifestantes percorreram várias ruas do centro de Atenas. Kanellos, o cachorro de rua “anarquista”, também participou do protesto.

Fotos do “moto rali”:

http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1302072

Caso Aris Seirinidis

Aris Seirinidis foi preso em 3 de maio de 2010 em uma batida aleatória da polícia em Atenas e acusado, em princípio, de “posse de armas” e “resistência à autoridade”. Logo após a mídia e a polícia lançaram uma campanha de desinformação insinuando que Aris e outro anarquista realizaram um “roubo sangrento” num grande supermercado. No dia seguinte, as mesmas autoridades rejeitaram essa versão, e em 7 de maio foi decidido colocar Aris em liberdade sob fiança com acusações. No entanto, os policiais não contentes com esta decisão, imediatamente antes que o companheiro tivesse sido liberado para a rua emitiram um novo mandado de detenção. Desta vez Aris estava sendo acusado de atirar em policiais. Trata-se de um caso raro, uma daquelas histórias que se transformam em “lendas urbanas”: no início de julho de 2009 pela tarde, uma pessoa vestida de shorts, chinelos e… chapéu mexicano, coberto com uma máscara de médico saiu na rua Harilau Trikoupi, em Exarchia, e fez alguns disparos contra uma unidade da polícia que vigiava a sede do Pasok (Partido Socialista Grego). O caso chamado pela mídia de “um louco com chapéu” tornou-se um embaraço para a polícia. A única prova que encontraram foi a dita máscara de médico e declaram que seus testes de DNA batia com o material genético encontrado na carteira de Aris. Existem muitas contradições neste caso, até as declarações do chefe da polícia da unidade de controle antimotim não coincide com as características físicas de Aris.