O Gato Negro, também chamado “gato selvagem” ou “gato montês” (“wild cat” em inglês), se mostra normalmente com as costas arrepiadas e com as unhas e os dentes para fora. Está fortemente relacionado com o anarquismo, especialmente o anarcosindicalismo.
Foi desenhado por Ralph Chaplin, uma conhecida figura do sindicato estadunidense Industrial Workers of the Word (IWW). A palavra “wildcat” exprime a idéia de selvagem ou feroz em inglês, então, como sua postura sugere, o gato simboliza greves autônomas – não autorizadas pelas diretivas dos sindicatos – (wildcats strikes) e o sindicalismo radical.
A origem do símbolo do gato negro é pouco claro, mas de acordo com uma história este vem de uma greve que estava passando por seu pior momento. Vários de seus membros haviam sido golpeados e mandados ao hospital. Logo um gato doente e negro caminhou entre o acampamento dos grevistas. O gato foi alimentado pelos operários grevistas e no momento em que o gato recobrou sua saúde a greve deu uma virada positiva. Eventualmente os operários em greve conseguiram algumas de suas reivindicações e adotaram o gato como mascote.
O nome de Gato Negro tem sido usado por numerosos coletivos e cooperativas, incluindo à um muito conhecido lugar musical em Austin, Texas, Estados Unidos (que fechou depois de um incêndio em 6 de julho de 2002) e um agora extinto “coletivo de cozinha” na University District of Seattle, Washington.
Como símbolo, o gato negro tem sido historicamente associado com bruxaria, maus agouros e morte. Se remonta às históricas culturas dos Hebreus e Babilônios. O uso pela bruxaria persiste nos tempos modernos; os anarquistas compartilham o símbolo do gato negro com a bruxaria e a Wicca, mas geralmente nenhuma das anteriores o representa com suas costas curvadas em posição de luta.
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!