Nos dias 21 e 22 de maio passado ocorreu o Salão do Livro Anarquista no Centro de Educação para Adultos (CEDA) e no Centro Cultural Georges-Vanier, em Montreal. No menu: 130 expositores, uma sala de cinema, um cabaré musical e uma exposição de obras pictóricas, todas reunidas sob o tema anarquia. O Salão tentou assim ser uma tribuna aos artistas e editoras que sofrem em abrir espaço ao mercado de “massa”.
Uma corrente solidária
O pensamento anarquista, tal como aquele apresentado no Salão, promove a ajuda mútua, o anti-autoritarismo e a solidariedade. Para Philippe, membro do coletivo do Salão do Livro Anarquista, a anarquia “é uma corrente política de esquerda, que trabalha com a democracia direta e autônoma”. A democracia direta se faz como crítica à democracia representativa, pois preconiza a representação do cidadão por ele mesmo. De acordo com este pensamento, a presença de partidos políticos não foi aceita no Salão.
A corrente de pensamento anarquista atua em oposição à opressão em todas as suas formas, tais como o capitalismo, o racismo, o patriarcalismo e o colonialismo. As obras pictóricas ou literárias que se encontravam no Salão (ensaios, poemas, hinos e outros) representavam esta corrente de pensamento. Lá se encontravam da mesma forma ateliês que permitiram a introdução da filosofia anarquista aos não-iniciados e também o diálogo entre as diversas correntes anarquistas existentes.
Um sucesso que se renova
“O Salão de Montreal existe há uma dúzia de anos, ele é um dos mais famosos no mundo”, explica Philippe. Houve mais público que no ano passado – diversificado – recebemos mais de mil pessoas”. A entrada era gratuita, mas era possível contribuir financeiramente ao evento de forma voluntária.
O coletivo do Salão do Livro Anarquista apresentará uma nova edição ano que vem. Para mais informações sobre as edições precedentes, o público é convidado ao site www.salonanarchiste.ca.
G. Thibault-Delorme
Tradução > Tio TAZ
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!