Ontem, 30 de junho, foram realizados protestos de rua em todo Chile chamados por organizações estudantis e de professores para exigir reformas no sistema de educação pública do país.
Certamente as petições e as intenções de melhorar o sistema de domesticação, que prepara futuros funcionários, não nos importam, porque são parte de um círculo vicioso gerenciado dentro da linguagem e dos parâmetros de Dominação.
Sem dúvida como igual nos protestos contra HidroAysén, ocorrem confrontos e sabotagens que respondem a mais que um simples pedido de uma reforma, mas uma raiva contra tudo o que nos oprime.
Nos protestos de ontem nas ruas de Santiago foram registrados confrontos logo depois das 13h até por volta das 17h, deixando mais de 100 detidos (a nível nacional), a maioria por desordens. Porém, 4 jovens entre 14 e 16 anos foram formalizados por posse de coquetel molotov e liberados em seguida com um prazo de 60 dias de investigação.
Dentro dos distúrbios se destaca o ataque à Embaixada do Brasil em frente da Plaza Los Heroes, em que foram atiradas pedras e pichada a fachada do prédio com slogans de solidariedade com o comandante Ramiro Mauricio Hernandez [chileno que participou do seqüestro de Washinton Olivetto e está na prisão federal brasileira de Catanduvas, no Paraná]. Também fora desta embaixada foi atacado um grupo de agentes das forças especiais, após ser encurralado por encapuzados; um policial ficou ferido.
Diversas lojas foram atacadas e algumas saqueadas, bem como agências bancárias, sendo duas dessas destruídas. O banco mais danificado foi o BCI (Banco de Crédito e Inversiones), onde todas as janelas do 1º e 2º piso foram quebradas e os móveis do interior usados para fazer uma grande barricada na rua. Inclusive, encapuzados tentaram atear fogo ao edifício.
Nos enfretamentos encapuzados atacaram a polícia com pedras, paus, bombas de tinta, coquetel molotov e até mesmo com ácido sulfúrico. Em todo Chile ficaram feridos 22 agentes da ordem, em sua maioria apedrejados. E um foi queimado em seu rosto com ácido sulfúrico.
Fotos e vídeos da imprensa corporativa:
› http://educacao.uol.com.br/album/30062011chile_album.jhtm#fotoNav=1
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!