Outra vez os membros do chamado Partido “Comunista” jogaram o papel da Guarda Civil do Regime. Desta vez eles tentaram bloquear milhares de manifestantes, que pelo segundo dia consecutivo tomaram as ruas do centro de Atenas, em oposição à política do totalitarismo que está tirando nossas vidas. Desde a manhã os brucutus do dito partido se alinharam em frente do Parlamento, impedindo que milhares de manifestantes se aproximassem da Praça da Constituição (Syntagma) e se movesse até o Parlamento para enfrentar com os outros pretorianos do Regime, os denominados grupos antidistúrbios.
Enquanto dentro do Parlamento o governo estava aprovando um decretaço que acaba com os acordos coletivos e com as nossas vidas, do lado de fora os membros do Partido “Comunista” substituía a Polícia, tentando reprimir uma manifestação combativa e massiva do povo de Atenas. Eles estavam bem preparados e equipados, com paus e bastões, usando capacetes, a fim de levar a cabo um plano bem definido. Em coordenação com a outra Polícia, formaram uma corrente humana em frente ao Parlamento, repelindo violentamente os blocos de manifestantes que se aproximavam da área. Até agora, dito partido tinha apenas se limitado a um desfile apressado por uma parte do centro da cidade antes de sair também às pressas. Hoje, esse plano mudou. Tanto em Atenas, como em outras cidades gregas desempenharam o papel da guarda pretoriana do Regime.
Em Atenas, milhares de manifestantes do bloco do movimento “Não Pago”, de extrema esquerda, de sindicatos de base, anarquistas, antiautoritários e outros manifestantes rebelados contra o totalitarismo do Regime, pelejaram contra os fascistas do dito partido que ainda tem a coragem de chamar-se comunista. Durante algumas horas os manifestantes estiveram lutando, batalhando, combatendo corpo-a-corpo contra essas duas polícias: a oficial e a muleta do Sistema. Quando pela tarde os policiais substituíram os cafetões deste partido, estes últimos não hesitaram em atacar os manifestantes que encontravam em seu caminho, enquanto a Polícia oficial investia contra a manifestação.
Mais de uma hora após a retirada-fuga dos brucutus, um homem de 53 anos morreu, devido a problemas respiratórios e um ataque cardíaco. De acordo com as evidências até o momento, essa pessoa inalou grande quantidade de gás lacrimogêneo e outros venenos disparados pela Polícia. Estamos à espera da autópsia forense para detectar com mais precisão as causas de sua morte.
As forças repressivas concluíram a tarefa dos seus colegas do Partido “Comunista” com uma repressão implacável em todo o centro de Atenas. À tarde, os conflitos se espalharam pelas zonas turísticas de Plaka e Monastiraki, bem como pelo bairro de Exarchia. Na estação de metrô da segunda praça no centro, Omonia, a Polícia invadiu a estação e bateu nas pessoas que se refugiaram lá. Em Monastiraki, a Promotoria ordenou a evacuação da estação local com centenas de manifestantes. Os conflitos chegaram até a estação da Acrópole e os bairros próximos a ela. Houve várias detenções e prisões. Enquanto isso, os meios de desinformação falavam de conflitos entre manifestantes… (e, em geral…) e… encapuzados, batendo todos os recordes de desinformação intencional.
Não é a primeira vez que os brucutus deste partido agem de Guarda Civil do Regime. Todos os rebelados contra este sistema, contra o Poder e o Capital, têm experimentado reiteradas vezes o que hoje, 20 de outubro, viveu o povo de Atenas. Vamos continuar divulgando mais infos sobre este assunto nos próximos dias.
agência de notícias anarquistas-ana
ao pé da janela
dormimos no chão
eu e o luar
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!