Faz algumas semanas que inauguramos a Biblioteca Guliay-Polie – em ucraniano “terra livre que se planta e colhe”. Mas já faz mais de dois anos que começamos a transformar uma antiga casa invadida por uma enredadeira e, sem culpa, matamos os ramos dessa planta espinhosa que nos colocava a prova com cada ferida, esta batalha nos irmanava à natureza.
Desde princípios deste ano, fomos carregando livros, folhetos e periódicos anarquistas, também de outras inquietudes: filosofia, novelas, poesia, contos infantis, literatura juvenil, história, ioga, botânica, química… começava então a entrar e sair livros, e antes do inverno já acontecia as oficinas de encadernação, horta, costura e foram seguindo os de cerâmica, “desgênero”, debate de textos anarquistas contemporâneos, xadrez e go.
Mas foi recentemente, dia 24 de setembro, que inauguramos publicamente o espaço que já vinha funcionando com atividades semanais e conversas específicas. Este dia foi de digna satisfação, o orgulho do que tanto custa, as alegrias que nos dá a luta: estivemos conversando sobre a vida de Rodolfo Gonzales Pacheco, lendo alguns de seus “cartazes” e conhecendo-o pelas anedotas que sua neta com tanta alegria nos relatava.
Depois nos deleitamos com vários e variados espetáculos artísticos: alegre e combativo, um clown nos entreteve a mente para reflexão sobre o enclausuramento, títeres e contos narrados que nos transportaram a momentos utópicos e malabaristas patagônicos que fizeram com que nossos olhos se movessem ao swing de claves e demais jogos. A noite foi chegando e nos despedimos dançando e cantando com a eterna banda de hardcore punk “Desobediencia Civil”.
Convidamos a todos e todas anarquistas e demais rebeldes do mundo inteiro que, quando queiram, venham conhecer e trazer propostas a esta nova biblioteca anarquista, a primeira que recordamos em décadas na cidade de La Plata e que pretendemos estender até o infinito ou pelo menos, até a revolta final.
Contato: guliay-polie@hotmail.com
agência de noticias anarquistas-ana
apaga a luz
antes de amanhecer
um vagalume
Alice Ruiz

Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!